O filme de Todd Phillips, estrelado por Joaquin Phoenix, estreou no início de outubro e ganhou repercussão mundial
[Atenção: essa publicação tem spoilers de Coringa]
O impacto de Coringa alcançou novas proporções além dos cinemas, as escadarias do Bronx e as redes sociais. Recentemente, protestos em diversos locais do mundo adotaram como símbolo de luta a imagem do Coringa, interpretado por Joaquin Phoenix no filme solo do vilão de Gotham, que estreou no início do mês de outubro.
No filme dirigido por Todd Phillips, acompanhamos a trajetória psicológica de Arthur Fleck, que sofre constantes opressões e rejeições, e a transformação do personagem no Palhaço do Crime. As condições mentais do personagem são agravadas pelo contexto social e político da cidade de Gotham.
Um dos pontos altos do longa-metragem é a cena do aspirante a comediante durante o programa de Murray Franklin. Coringa apresenta um discurso político em que excita a revolta contra o sistema e a elite, que, segundo ele, tratam doentes mentais solitários como 'lixo'.
No mundo, manifestantes passaram a usar a imagem do personagem para ir em protestos. No Líbano, um grupo de artistas chamado Ashekm pintou em um mural o retrato do palhaço segurando um coquetel molotov, segundo a France24.
No Twitter, os usuários também estão compartilhando imagens de Hong Kong, Beirute e no Chile, em que os manifestantes estão se maquiando como Phoenix ou usando máscaras que remetem ao vilão.
A Warner Bros. não se pronunciou sobre a utilização da imagem do personagem nos protestos, mas já fez uma declaração aberta sobre a repercussão negativa e as preocupações do público em relação ao Coringa.
“A Warner Bros. acredita que uma das funções das histórias é provocar conversas difíceis sobre temas complexos. Não entendam mal: nem o personagem fictício Coringa ou o filme endossam a violência na vida real, de qualquer tipo. Não é a intenção do filme, dos cineastas ou do estúdio que detém os direitos do personagem retratá-lo como um herói", declarou o estúdio.