Levantamento exclusivo do Globonews mostrou os dados em relação à mortalidade infantil por covid-19
Um levantamento exclusivo do Globonews, compartilhado com o público nesta segunda, 31 de janeiro, mostrou os dados de mortalidade infantil por covid-19 no Brasil; o número quintuplicou em janeiro de 2022 em relação ao mês de dezembro de 2021.
Para a análise, o veículo jornalístico se baseou nos dados do Registro Civil do Portal da Transparência, considerando atestados de óbitos de todo o território brasileiro desde o início da pandemia em março de 2020 até a última sexta, 28 de janeiro de 2022. De acordo com as informações, as mortes de crianças por covid-19 aumentaram de modo assustador.
Os dados mostram que 343 crianças de 5 a 11 anos morreram por covid-19 desde o início da pandemia. De acordo com as informações do Globonews, 68 das mortes foram de crianças de 5 anos. Vale ressaltar que o número total das mortes é apenas dos indivíduos em que a causa foi atestada em cartório.
Segundo o Ministério da Saúde, desde o início das mortes por covid-19 no Brasil, com a primeira datada em 12 de março de 2020, "1 criança entre 5 a 11 anos morreu a cada 2 dias" pelo vírus no país - isso sem considerar a falta de notificação de muitos casos de mortes; o número é, possivelmente, ainda maior.
+++LEIA MAIS: Recife presenteia crianças vacinadas contra covid-19 com livros
Enquanto em dezembro, apenas quatro mortes por covid-19 entre crianças foram registradas no Brasil, em janeiro, o número subiu para 19. Vale lembrar também que a vacinação para essa faixa-etária foi liberada há apenas duas semanas após uma série de questões do Ministério da Saúde.
O presidente da Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais), Gustavo Renato Fiscarelli, destacou que o aumento dos casos de mortes entre crianças está relacionado com a vacinação. Isso porque, desde a chegada da ômicron ao país, os adultos se infectaram significativamente e, embora grande maioria não tenha desenvolvido casos graves por conta da vacina, seguem sendo transmissores.
+++ LEIA MAIS: Caetano Veloso testa positivo para covid-19: 'A pandemia não acabou'