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Corpo de Dominguinhos é velado em São Paulo

Ele será transferido para Recife ainda nesta quarta-feira, 24, para um segundo velório na capital pernambucana

Redação Publicado em 24/07/2013, às 10h23 - Atualizado às 14h08

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Dominguinhos - Divulgação
Dominguinhos - Divulgação

O cantor, compositor e sanfoneiro Dominguinhos está sendo velado em São Paulo, na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira, 24. Às 16h, o corpo do músico será transferido para Recife.

Dominguinhos morre aos 72 anos, em São Paulo.

O velório, realizado na zona sul da capital paulista, deveria ter se iniciado às 4h, mas o corpo do cantor atrasou para chegar – o que aconteceu duas horas depois do previsto.

Dez grandes canções de Dominguinhos

Será realizado outro velório em Recife, segundo informou a viúva do músico à Folha de S. Paulo. Os fãs poderão prestar as últimas homenagens ao músico na Assembleia Legislativa de Pernambuco.

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O enterro será realizado na sexta-feira, 26, mas ainda não há informações sobre o local.

Aos 72 anos, Dominguinhos morreu às 18h desta terça-feira, às 18h, em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas. Há 6 anos, contudo, o músico lá lutava contra um câncer de pulmão.

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No fim de 2012, o quadro dele piorou e, em janeiro deste ano, foi transferido de Recife para São Paulo, por causa de um quadro de infecção respiratória e arritmia cardíaca.

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Em março deste ano, um dos filhos de Dominguinhos, Mauro Moraes, chegou a afirmar que o sanfoneiro estava em coma irreversível. Posteriormente, outra filha, Liv Moraes negou e disse que o pai tinha momentos de consciência.

Carreira

José Domingos de Morais nasceu em Garanhuns em 12 de fevereiro de 1941. Era instrumentista, cantor e compositor, um dos maiores nomes da música nacional. Ficou mais conhecido por suas habilidades como sanfoneiro, tendo sido influenciado por baião, bossa nova, choro, forró, entre outros, além de ter tido como mestres nomes como Luiz Gonzaga e Orlando Silveira.

Premiadíssimo e reconhecido inclusive fora do Brasil, recebeu o Grammy Latino em 2002 com o disco Chegando de Mansinho, e o Prêmio TIM, em 2007, com Conterrâneos. Em 2008, Dominguinhos foi o grande homenageado do Prêmio Tim de Música Brasileira; em 2010, o mesmo aconteceu no Prêmio Shell de Música. Ao longo de quase 50 anos de carreira, ele lançou mais de 40 trabalhos, entre álbuns de estúdio, ao vivo e colaborações.

O primeiro disco foi Fim de Festa (1964). Ele foi reconhecido pelo próprio Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, como seu herdeiro artístico. Dominguinhos foi para o Rio de Janeiro aos 16 anos, ao lado do pai, Chicão, que também tocava sanfona, e de um irmão. O objetivo: reencontrar Gonzagão, que havia prometido a Dominguinhos, quando ele tinha 8 anos, uma sanfona de presente. A promessa foi cumprida, e foi o velho Lua quem batizou o sanfoneiro, que antes usava o nome de Neném do Acordeom.

"Moça de feira", de Gonzaga, marcou a primeira gravação profissional de Dominguinhos, em 1957. Anos depois, ele já era seria bastante conhecido pelo Brasil – e reconhecido por artistas de diversas outras searas musicais. Em 1972, acompanhou Gal Costa no show do disco Índia, e não muito tempo depois teve a canção "Eu Só Quero um Xodó", um de seus maiores sucessos, gravada por Gilberto Gil. Esta é, inclusive, uma das aproximadamente 250 composições que Dominguinhos criou ao lado da cantora pernambucana Anastácia, com quem também teve um relacionamento amoroso.