País se mostra ao mundo como um dos melhores roteiros para fugir do caos urbano
A Costa Rica apresenta ao mundo enormes parques, lagoas e praias paradisíacas, além de cidades repletas de história, tradição e música. Caminhar e desbravar os vulcões, deslizar em tirolesas, nadar com baleias e golfinhos ou simplesmente praticar yoga e aproveitar os fantásticos spas são algumas das opções turísticas desse diversificado país da América Central.
As oportunidades para uma imersão total na natureza são infinitas: basta escolher entre floresta, praia ou montanha, e você será recompensado com animais selvagens, plantas exóticas e endémicas e vistas espetaculares. Confira mais sobre o local!
O clima na Costa Rica é quente em quase todos os meses do ano. Na costa do Pacífico, há uma época seca (de dezembro a março) e uma chuvosa (maio a outubro) bem-definidas. Na região do Caribe, há dois períodos relativamente secos, entre fevereiro e março e entre setembro e outubro.
O portão de entrada do país é a sua capital, San José – um centro agrícola que se tornou próspero nos meados dos anos 50. Localizado no planalto fértil do Vale Central, a cerca de 1.100 metros acima do nível do mar. Voos entre o Brasil e San José são operados pela Copa Airlines, via Cidade do Panamá, e pela American Airlines, via Miami.
San José está localizada no centro geográfico do país e desempenha o papel de coração político e comercial da Costa Rica, depois de um longo passado que a mantinha em segundo plano em comparação com as cidades costeiras. Uma maneira de entender a cidade é visitar os mercados locais e os museus, como:
No Mercado Central e no Mercado Artesanal, você pode entrar em contato com o lado mais autêntico da cidade e seus habitantes. Neles, será possível ter contato com uma explosão de cores e aromas, assim como saborear as deliciosas bananas-da-terra fritas, prato típico da culinária local.
A cidade de San José oferece passeios por alguns museus interessantes. Um deles é o Museu de Ouro Pré-Colombiano, que reúne uma imensa quantidade de artefatos de ouro feitos por civilizações pré-colombianas e uma riquíssima coleção de moedas recuperadas dos galeões espanhóis afundados ao longo da costa. Outro passeio interessante é ao Museu Nacional de História, situado na antiga Fortaleza Espanhola Bellavista.
Cartago foi a capital da Costa Rica até o ano de 1823, quando decidiram mudar a capital para San José. Essa é a região mais importante do país no que se refere à arte colonial: talvez o melhor exemplo seja o Templo de Orosí (1743), uma joia histórica que testemunha o nascimento de uma nação.
Cartago tem um clima tropical úmido, e seu sistema montanhoso inclui duas cordilheiras: a central, onde estão localizados os vulcões Irazů e Turrialba, e a talamanca, a outra grande formação montanhosa na província. Nela, ergue-se a imponente montanha Cerro Chirripó, o ponto mais alto da Costa Rica, que atinge os 3.600 metros acima do nível do mar.
Cartago é uma terra de tradição e religiosidade. A peregrinação à Basílica de Nossa Senhora dos Anjos, no centro da cidade, é a atividade religiosa mais importante. É celebrada em 2 de agosto e reúne milhões de pessoas de todo o país. Eles prestam sua homenagem respeitosa e colocam seus pedidos em uma estatueta de cerca de oito centímetros de pedra preta da Virgem, carinhosamente apelidada de “La Negrita”.
Outra atração imperdível é o Parque Nacional do Vulcão Irazú, no cantão de Oreamuno, 32 km a nordeste da cidade de Cartago. Ele é o vulcão ativo mais alto do país, com seus 3.432 metros de altura. O nome vem de uma aldeia indígena construída em 1569 em suas encostas, cujo nome significa “o pico do trovão e do terremoto”.
O vulcão cobre um território de mais de 500 quilômetros quadrados e tem pelo menos 10 cones vulcânicos no lado sul. Porém, a grande atração do parque é a subida à Cratera Deigo Haya, que se transformou, ao longo dos anos, em um lago de cor verde. Em dias claros é possível ver tanto o Oceano Atlântico quanto o Oceano Pacífico do seu cume.
Nas encostas do vulcão de mesmo nome, Turrialba é o lar de duas universidades. É famosa especialmente entre os entusiastas do rafting, que apreciam os cânions e as cachoeiras do Pacuare. O rio foi classificado por especialistas como um dos 10 melhores raftings do mundo. Durante a descida, você pode ver numerosos pássaros e macacos ao longo do caminho.
Na área, é produzido, há mais de 100 anos, um queijo macio, cor de creme, feito de leite cru com métodos artesanais. O vulcão Turrialba, o segundo mais alto do país, com 3.340 metros, em 2016 voltou a entrar em erupção após um século de inatividade.
Vale ainda uma rápida visita ao Monumento Nacional Guayabo, com uma extensão de 218 hectares que está localizado a 84 km de San José. É a maior e mais interessante área arqueológica da Costa Rica. Foi parcialmente descoberta (apenas 10%) nos anos 60 pelo explorador Anastasio Alfaro. Em 1973, foi declarada monumento nacional.
As belezas do país não se limitam à capital e a seus arredores. Em Quepos, província de Puntarenas, o Parque Nacional Manuel Antonio abriga mais de 350 espécies de aves, 109 mamíferos e 346 plantas. Suas trilhas são uma ode à fauna, à flora e levam a magníficas praias, acessíveis, que estão localizadas dentro do parque.
O parque, que fica a 130 km da capital, tem praias brancase exuberante floresta, onde você pode admirar piscinas e cachoeiras, selva e trilhas imersas na vegetação tropical, repleta de muitos animais nativos que a povoam.
Olhos para cima para ver as lindas preguiças agarradas aos galhos das árvores altas. Em caminhadas revigorantes, você pode fotografar tucanos, camaleões, rãs, sapos e famosas trás-de-olhos-vermelhos. O parque também inclui 12 ilhotas e, muitas vezes, ao nadar nas águas, você pode acariciar golfinhos ou admirar baleias de longe.
No Parque Nacional de Tortuguero, localizado ao nordeste, milhares de tartarugas-marinhas constroem ninhos e põem seus ovos em praias de areia preta. No mesmo parque, vivem mais de 400 espécies de aves, 60 espécies de rãs, 40 de peixes e 3 de macacos. Uma “pequena Amazônia” para visitar ao longo dos rios que a atravessam. As margens se estreitam gradualmente, e o barco fica envolto por uma vegetação mais densa. Uma catedral natural onde os visitantes permanecem silenciosos e fascinados.
Esse parque marinho foi criado para conservar corais e recifes de coral que cercam várias ilhas ao longo da costa. Seu nome se deve não apenas às baleias-jubarte que vêm aqui para procriar, mas também à “Cauda de Baleia” de Punta Uvita, uma faixa de areia característica que se estende dentro de uma barreira rochosa e que, na maré baixa, se parece com a cauda de uma baleia.
O Parque Nacional Marino Ballena, localizado a apenas 16 km ao sul de Dominical e a 180 km a sudoeste de San José, protege mais de 13.000 hectares de mar e nove milhas delitoral. Apesar de seu tamanho limitado, a reserva é de grande importância, especialmente pelas colônias de golfinhos e tartarugas-marinhas que chegam para nidificar, bem como pela colônia de aves marinhas e diferentes espécies de répteis. Há quatro praias no parque.
Na província de Limón, bem no canto esquerdo, essa área é um paraíso natural, formado por uma combinação de selvas fechadas, montanhas impressionantes e praias celestiais. Limón tem a maior porcentagem de terras protegidas da Costa Rica e tem uma extensa variedade de flora e fauna. A vegetação é exuberante, bem como as culturas que convergem por toda a província.
Amantes da natureza, vocês estão no lugar certo: o Vulcão Arenal, 120 km a noroeste de San José, na Cordilheira de Tilaran, é uma das principais atrações do país e do parque de mesmo nome. Cuidado, no entanto, pois ninguém pode passear ao longo das encostas do vulcão: é extremamente perigoso. É possível assistir à descida da lava quente, mas também simples explosões de gás e cinzas. Um lugar de biodiversidade extraordinária, possui metade das espécies de aves conhecidas, mamíferos e répteis do país.
Texto originalmente publicado na revista Qual Viagem (Edição 87).
Por Cláudio Lacerda Oliva