O jornal The Sunday Times faz as contas para compor sua lista das pessoas mais ricas ligadas à música e analisa quem sofreu as maiores perdas na cena britânica
A crise financeira que começou a afetar o globo no ano passado abocanhou fatias generosas da fortuna de Elton John, Paul McCartney e Mick Jagger. A contabilidade foi levantada por uma pesquisa do jornal The Sunday Times, que classificou os britânicos mais ricos do meio em lista publicada neste domingo, 26.
Elton John sofreu o maior baque: sua fortuna encolheu em torno de ¼, indo de 238 milhões de libras (R$ 770 mi) para 175 milhões de libras (R$ 565 mi) - o músico garantiu, mesmo assim, o oitavo lugar no ranking, ao lado de Keith Richards, do Rolling Stones. O fim de uma temporada de shows em Las Vegas e doações de 42 milhões de libras (R$ 135 mi) à caridade também ajudaram a esvaziar o cofre do cantor de "Your Song".
Já a conta bancária de McCartney teria minguado em 60 milhões de libras (R$ 193 mi) - mas ainda sobram 440 milhões de libras (R$ 1 bilhão e 422 mi), mais do que suficientes para dar a Sir McCartney o quarto lugar na lista, encabeçada por Clive Calder. O criador da Zomba Recordings, que lançou Britney Spears, Backstreet Boys e N' Sync e foi vendida à BMG em 2002, é dono de 1,3 bilhões de libras (R$ 4,2 bi).
Mick Jagger também penou: seu patrimônio encolheu 16%, passando a 190 milhões de libras (R$ 613 mi).
Das 50 pessoas listados, apenas sete tiveram a riqueza poupada pela foice da crise econômica. Três delas, aliás, conseguiram a proeza de engordar a conta bancária: os irmãos Gallagher, Judy Cramer, produtora do musical Mamma Mia (o filme ultrapassou Titanic e a série Harry Potter nas bilheterias do Reino Unido), e Simon Cowell, mais conhecido como o jurado ranzinza, mas também a mente por trás da franquia de programas de que inclui America's Idol e British's Got Talent.
Liam e Noel Gallagher - que trazem o Oasis ao Brasil em maio e, como de costume, continuam lavando roupa suja publicamente - têm em seus cofres cerca de 45 milhões de libras (R$ 145 mi) a 52 milhões de libras (R$ 168 mi).
Amy Winehouse levou um senhor golpe - 50% das suas economias se evaporaram, o que a deixou com cinco milhões de libras (R$ 16 mi). Especula-se, no entanto, que a crise tenha pouco a ver dessa vez, e sim a tumultuada vida pessoal da cantora e o terceiro álbum que nunca sai.
A cantora Duffy fez sua estreia no ranking, com fortuna quase encostando na de Winehouse: quatro milhões de libras (R$ 12 mi).
Philip Beresford, responsável por compilar a lista, pediu "sobriedade neste ano" e classificou como sua maior surpresa "a ausência de quaisquer novos rock stars seriamente ricos no ranking". "São os roqueiros enrugados de sempre, mas agora a renda deles vem mais das turnês. Presumo que seja porque as gravadoras têm ficado mais afiadas nos anos recentes, e não oferecem mais os contratos de antigamente", opinou.
Confira a lista das 10 maioras fortunas no meio musical britânico:
1 - Clive Calder (1,3 bilhão de libras)
2 - Lord Lloyd-Webber (750 milhões de libras)
3 - Sir Paul McCartney (440 milhões de libras)
4 - Sir Cameron Mackintosh (350 milhões de libras)
5 - Simon Fuller (300 milhões de libras)
6 - Sir Mick Jagger (190 milhões de libras)
7 - Sting (180 milhões de libras)
8 - Sir Elton John (175 milhões de libras)
8 - Keith Richards (175 milhões de libras)
10 - Olivia and Dhani Harrison (140 milhões de libras)
10 - Sir Tim Rice (140 milhões de libras)