Evan Peters conta ficou assustado ao entrar no personagem e interpretar Jeffrey Dahmer; confira
Evan Peters viveu Jeffrey Dahmer em Dahmer: Um canibal Americano, um assassino que dopava suas vítimas para praticar necrofilia e canibalismo. A preparação do ator para o papel não foi fácil, segundo ele, estudar sobre o personagem foi assustador.
Eu estava com muito medo de tudo o que ele fez, e de mergulhar nisso e comprometer-me a fazer o meu melhor no que seria com certeza uma das coisas mais difíceis da minha vida, porque eu queria que ficasse bastante autêntico. Mas, para isso, eu precisava acessar a lugares muito obscuros e ficar lá por um grande período," disse o ator em entrevista para a Netflix (via Uol Splash).
Não é incomum, atores serem afetados por papéis que interpretam nos cinemas. Veja outros papéis de personagens que afetaram a vida pessoal dos atores.
Ana de Armas fez Marilyn Monroe em Blonde, e explica sentia a presença da atriz durante as gravações.
“Eu realmente acredito que ela estava bem perto da gente. Ela costumava tirar as coisas das paredes de vez em quando e ficava brava quando não gostava de algo. Talvez isso pareça muito místico, mas é verdade. Todos nós sentimos”, afirmou.
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Quem assistiu, sabe o quanto Hereditário (2018) é um filme perturbador, inclusive para o elenco. Ano passado, em uma entrevista recente ao Looper, Alex Wolff refletiu: "aquele filme me causou tantos danos quanto um filme pode causar", além de citar ter tido traumas e passado noites sem dormir.
"Realmente me afetou. É muito difícil porque, como ator, você realmente não quer soar pretensioso ou sério, ou como se algo fosse muito sério. Porque temos um trabalho confortável de várias maneiras, mas este, emocionalmente, foi um daqueles difíceis, foi um daqueles que realmente fez ginástica no meu bem-estar emocional," explicou.
Anteriormente, em entrevista à Vice EUA, Alex Wolff revelou que precisou lidar com perda de memória devido às filmagens perturbadoras de Hereditário: "É difícil explicar, é apenas um sentimento. Não acho possível você passar por uma experiência como essa e não ter algum tipo de estresse pós-traumático depois."
Segundo o astro, a preparação foi igualmente complexa: "Me mantinha acordado à noite, como uma espécie de masoquismo emocional, trazendo a público tudo o que eu tinha de pior. Me forcei a fazer o máximo do que estamos acostumados a fazer na vida. Eu queria absorver o sofrimento."
No filme O Operário, Christian Bale chegou a pesar 55 quilos e o experimento gerou estresse real em seu organismo, além de problemas psicológicos.
“Por causa dos experimentos, comecei a ficar em um estado muito estranho. Eu podia sentar e olhar para um único ponto por várias horas, ou sentir dormência nos pés”, disse Christian Bale.
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Os produtores do filme disseram que o ator estava preparado para continuar passando fome, apesar de seu estado perigoso, e a equipe até se preocupou com sua saúde física e mental. Posteriormente, Christian confessou que não gostaria de passar pela mesma experiência.
Kilmer se vestia exatamente como Morrison em sua vida cotidiana para entrar no personagem, passou a copiar o jeito de andar e seus gestos do vocalista.
Após o fim das filmagens, Val Kilmer continuou a viver como o músico e não conseguiu mudar. Ele se transformou abruptamente e até teve que ir a especialistas receber ajuda psicológica.
A morte de Heath Ledger em decorrência de uma overdose acidental projetou uma sombra eterna no filme Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008), de Christopher Nolan, no qual ele deu vida ao icônico Coringa ao lado do Batman de Christian Bale.
Na época, os rumores diziam que interpretar o vilão havia afetado o psicológico de Ledger. Durante uma entrevista ao New York Times, Ledger disse que “ser o Coringa era física e mentalmente desgastante”, o que afetou seu sono já perturbado anteriormente. Havia dias, por exemplo, em que ele administrava apenas duas horas de sono.
Além disso, como muitos sabem, Ledger se trancou num quarto de hotel e manteve um diário enquanto se preparava para o papel. Em 2007, ele disse ao Empire: “Eu li todas as histórias em quadrinhos que pude e que fossem relevantes para o roteiro. Então, eu fechava os olhos e meditava sobre elas.”
Ledger ganhou um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante postumamente.