'Continuarei a apoiar os direitos de todas as pessoas LGBTQ,' declarou o ator, que disse não ter mais contato com a autora
Daniel Radcliffe soube muito bem como se reinventar após uma década interpretando o mesmo personagem. Mas Harry Potter sempre será uma parte importante da carreira do ator britânico. Em entrevista ao The Atlantic, ele comentou a postura de J. K. Rowling, criadora do universo mágico.
A escritora tem sido notícia por fazer diversos comentários contra pessoas trans. “No final das contas, isso me deixa muito triste”, disse Radcliffe. “Eu olho para a pessoa que conheci, os momentos em que nos conhecemos, os livros que ela escreveu e o mundo que ela criou, e tudo isso é para mim profundamente empático.”
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O ator ressaltou que não tem mais contato com Rowling desde que os comentários dela se tornaram públicos. Ele foi, inclusive, um dos primeiros integrantes do elenco a sair em defesa das pessoas trans, ainda no ano de 2020. “Eu trabalhei com o Projeto Trevor por 12 anos e teria parecido, não sei, uma imensa covardia para mim não dizer nada.”
“Eu queria tentar ajudar as pessoas que foram afetadas negativamente pelos comentários. E dizer que se essas são as opiniões de Jo, então não são as opiniões de todos os associados à franquia Potter,” completou.
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Radcliffe ainda abordou as críticas direcionadas a ele e a outros atores do elenco por se colocarem contra a autora. “Obviamente Harry Potter não teria acontecido sem ela, então nada na minha vida teria provavelmente acontecido do jeito que está sem essa pessoa”, disse ele. “Mas isso não significa que você deva as coisas em que realmente acredita a outra pessoa durante toda a sua vida.”
No mês de abril, J. K. declarou que jamais vai perdoar os atores que se posicionaram contra suas opiniões: “Celebridades que aderiram a um movimento que pretende minar os direitos duramente conquistados pelas mulheres e que usaram suas plataformas para torcer pela transição de menores podem guardar suas desculpas para pessoas que destransicionaram traumatizadas e para mulheres vulneráveis que dependem de espaços para pessoas do mesmo sexo,” escreveu.
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