O cantor canadense se apresentou no Super Bowl no último domingo, 7, consolidando-se como um dos grandes nomes da indústria musical
Com o lançamento do disco After Hours(2020), The Weeknd se consolidou como um dos artistas mais relevantes da atualidade. Se ainda não tinha destaque internacional, o cantor canadense provou que, além de talentoso, ele pode ser visionário: um verdadeiro showman.
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Em 2020, The Weeknd lançou hits, clipes e vendeu um conceito que transcende o disco. O terno vermelho, a estética sangrenta e a morbidez com groove dançante conquistou fãs ao redor do mundo. Se não fosse suficiente, o cantor esbanjou criatividade em apresentações em premiações, culminando no show icônico na 55ª edição do Super Bowl no último domingo, 7 de fevereiro.
A performance impecável com mistura de coro, coreografias e grande produção mostrou todo o talento de The Weeknd. Como consequência, John Tory, prefeito de Toronto, Canadá, decidiu homenagear o artista com uma data especial: 7 de fevereiro, dia da apresentação no Super Bowl, passa a ser dia oficial de The Weeknd na cidade.
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O cantor não deixa dúvidas que celebra um grande momento na carreira - e a falta de indicações ao Grammy 2021 não altera em nada o status de um dos maiores artistas da atualidade. Contudo, a trajetória do cantor foi longa até chegar ao palco do Super Bowl.
Há menos de 15 anos, a realidade de Abel Tesfaye era muito diferente do palco do Super Bowl. Com 17 anos, o cantor deixou a escola para viver com o melhor amigo La Mar Taylor (atual diretor de criação do artista). Segundo o New York Times, os dois amigos furtavam supermercados e consumiam diversas drogas, como cocaína, Xanax e cogumelos.
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Na época, Abel chegou a vender maconha para ter dinheiro. Depois de despejado do apartamento, o cantor enganava mulheres para ter um lugar para dormir - e neste momento, após conseguir um emprego em uma loja, Tesfaye começou a escrever músicas. Em 2011, o astro lançou a mixtape House of Balloons e assumiu o nome The Weeknd(com o erro de grafia para não copiar o nome de outra banda no Canadá, The Weekend).
Segundo a Veja, após o agente de Drake republicar a mixtape no blog da gravadora do rapper, a carreira de The Weeknd começou a crescer exponencialmente. Ainda em 2011, o astro lançou outras duas mixtapes (Thursday e Echoes of Silence) e fez a primeira turnê local. Apenas um ano depois, o artista se apresentou no conhecido festival Coachella e lançou uma compilação das mixtapes: Trilogy.
Não demorou para o músico se apresentar na Europa, chamar a atenção de diversos artistas, assinar com a gravadora Republic Records e ganhar notoriedade. A compilação chegou ao 4º lugar na Billboard - uma prévia de todo o potencial do artista.
Em 2013, The Weeknd lançou Kiss Land, disco que estreou em segundo lugar na parada americana Billboard 200. Três anos depois, o canadense lançou Starboy, e em 2018 estreou My Dear Melancholy. O último álbum, After Hours, saiu em 2020.
Durante este período, The Weeknd se consolidou com grandes turnês, parcerias e participações em trilhas sonoras. “Devil May Cry” fez parte do filme Jogos Vorazes: Em Chamas(2013), a faixa “Earned It” foi uma das principais do conhecido 50 Tons de Cinza(2015), enquanto “Pray For Me” foi trilha sonora do elogiado Pantera Negra (2018).
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Ao longo da carreira, o artista ganhou três Grammy Awards, oito Billboard Music Awards, cinco American Music Awards, e foi nomeado ao Oscar de Melhor Canção Original por “Earned It” em 50 Tons de Cinza.
Na lista de colaborações da carreira, algumas das principais são “Love Me Harder”, com Ariana Grande, “Sidewalks” com Kendrick Lamar, “Starboy” com Daft Punk e “Dark Times” com Ed Sheeran. Contudo, o cantor não precisa de colaborações para ser considerado relevante para a indústria musical - e After Hours é a prova.
O disco lançado em 2020 tem 14 faixas e nenhuma colaboração. É a essência de The Weeknd, que passeia entre o pop melancólico, o r&b e icônicas apresentações ao vivo. É um álbum diferente dos trabalhos anteriores do cantor, mas é a continuidade do desejo de Tesfaye em ser reconhecido pelo seu talento.
Mesmo esnobado pelo Grammy 2021, a apresentação no Super Bowl deixou evidente que o cantor canadense chegou onde desejava - e ainda não está satisfeito.
+++ PAI EM DOBRO | ENTREVISTA | ROLLING STONE BRASIL
Os anos 2000 nos proporcionaram algumas das músicas mais nostálgicas que já conhecemos. O black, unido ao pop e ao R&B fizeram de algumas canções verdadeiros hits - e só de ouvir, dá vontade de voltar no tempo e se jogar nos passinhos.
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Quem lembra das icônicas músicas de Ne-Yo, Akon, Mariah Carey e Nelly Furtado, sabe bem qual é esse sentimento. Não eram apenas hits, mas músicas que podiam fazer qualquer um vivenciar fortes emoções: do romance de “Sexy Love” à tristeza de “Sorry, Blame It On Me”.
Os beats icônicos, letras e refrões impecáveis fizeram destas músicas verdadeiros marcos dos anos 2000. Elas foram trilha sonora da adolescência e juventude de muitas pessoas - e é impossível ouvir de novo e não fechar os olhos, fingir que está em um clipe e dar uns passos de dança.
A Rolling Stone Brasil separou 25 músicas nostálgicas dos anos 2000: