Embora parte da público parecesse não estar familiarizado com as músicas da banda, norte-americanos conseguiram prender a atenção
Em sua primeira passagem pelo Brasil, o Black Rebel Motorcycle Club fez um show intenso e direto ao ponto na tarde deste domingo, no SWU. O trio norte-americano subiu ao palco Energia às 15h50, com “666 Conducer”, iniciando uma apresentação de condução rápida, som alto e sem firulas.
Embora parte do público parecesse não conhecer bem o repertório do BRMC, o trio não deixou brecha para dispersão. Peter Hayes (que hoje, com os cabelos negros no rosto, tem um quê de Jack White) e Robert Levon Been falaram pouco, trocaram muito de guitarras (Been também conduz o baixo) e se mostraram, de modo quase sempre discreto, felizes em estar festival.
O primeiro “obrigado” veio de Hayes, logo depois de “Bad Blood”. Been – que, como o parceiro, estava vestido inteiramente de preto – chegando ao final da apresentação, abriu a guarda. “Vocês estão bem? Demorou muito para chegarmos até aqui. Não tenho como agradecer”, ele disse antes de “Spread Your Love” (durante a qual, a certa altura, abraçou seu próprio baixo). Quando o público começou a se virar para conversar com os amigos, o trio mandou a rápida “What Happened to My Rock and Roll (Punk Song)”, tornando impossível não virar os olhos de volta para o palco. Hayes então desceu à grade próxima ao público, e de lá terminou a apresentação.
Mesmo no fundo do palco, a baterista Leah Shapiro, que já participou de turnês com Raveonettes, também teve momentos de destaque. Concentrada e séria, ela parecia estar em permanente estado de tensão. Mesmo assim, comandou com classe o instrumento.