Australiano Daniel Askill estará no Music Video Festival, que acontece nos dias 6 e 7 junho, em São Paulo
“Houve uma real ressurreição do videoclipe novamente, a partir da internet, o que é muito animador”, diz o australiano Daniel Askill, conhecido, entre outros trabalhos, por dirigir clipes da cantora pop Sia. Ele vem este fim de semana (dias 6 e 7) ao Brasil para participar do Music Video Festival – evento dedicado à produção de videoclipes – em São Paulo.
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Askill participa do m-f-v com a instalação “1000 Forms of Fear Trypitich”, que taz a trilogia de videoclipes de Sia – “Chandelier”, “Elastic Heart” e “Big Girls Cry” – feita em parceria com ele. “Minhas colaborações com Sia são grande exceção à regra”, diz ele. “Ela é muito envolvida com a ideia e o processo, e nós dirigimos os vídeos juntos.”
Além do australiano, a programação Music Video Festival leva ao MIS (Museu da Imagem e do Som (MIS, em São Paulo) instalações e exposições sobre o tema, além de apresentar ao espectador o que existe de mais moderno na produção mundial de clipes – incluindo a oportunidade de assistir em tela de cinema, com alta qualidade de som e imagem, produções recém-lançadas. Saiba mais aqui.
O festival também organiza uma premiação, realizada no auditório do museu, com um júri elegendo a melhor direção em videoclipe – tanto nacional quanto internacional –, contando produções entre março de 2014 e março deste ano. A premiação acontecerá no domingo, 7, às 21h, e os finalistas já estão disponíveis no site do evento.
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Em entrevista à Rolling Stone Brasil, o australiano também comenta a criação da instalação que estará no festival – “permite que nossos três vídeos sejam vivenciados juntos” – e revela o nome dos diretores de videoclipes favoritos dele. Leia abaixo a íntegra da conversa.
Qual a influência do artista na idealização de um videoclipe?
Depende muito do artista em relação ao quão envolvido no vídeo eles ficam. Normalmente, eu escrevo um rascunho baseado na canção e, se o artista gostar da ideia, vou em frente e faço o vídeo como imaginei. Minhas colaborações com Sia tem sido a grande exceção à regra. Temos uma relação de trabalho muito única que se desenvolveu em uma grande amizade. Com Sia, nós realmente fazemos os vídeos juntos. Ela é muito envolvida com a ideia e o processo, e nós dirigimos os vídeos juntos.
Como você constrói o roteiro de um clipe? Como interagir com a música?
Não há regra. Mas, normalmente, começa com a audição da faixa várias e várias vezes até que uma ideia começa a se materializar – como um sonho que começa a se formar de abstrações. A partir de então, o processo começa.
Como funciona a instalação “1000 Forms of Fear Trypitich”
A Trypitich permite que nossos três vídeos (“Chandelier”, “Elastic Heart” e “Big Girls Cry”) sejam vivenciados juntos em uma única instalação. Sempre tivemos a ideia que seria legal para eles existirem juntos em um ambiente de imersão, para que seja possível senti-los como um trabalho conectado. A instalação também inclui vídeos de ensaios nunca divulgados e artefatos dos bastidores dos três vídeos.
Como você avalia a atual produção de videoclipes? Quais são seus diretores favoritos?
Acho que é bacana. Houve uma real ressurreição do meio novamente, a partir da internet, o que é muito animador. Acesso à tecnologia de filmagem também significa que há muitas vozes novas muito boas surgindo.
O diretor de clipes musicais que provavelmente teve o maior impacto em mim foi Jonathan Glazer, que atualmente está fazendo filmes incríveis. Acho que alguns amigos meus como Chris Milk e Nabil também estão fazendo grandes trabalhos hoje em dia.
A programação completa do m-v-f pode ser vista aqui.