O longa, em suas 4 horas de duração, mostra depoimentos de dois homens que acusam o músico de ter abusado sexualmente deles quando eram criança
Na última quinta, 24, ocorreu a primeira exibição de Leaving Neverland, documentário de 4 horas de duração sobre dois homens que acusam Michael Jackson de ter abusado sexualmente deles quando eram crianças, durante a programação do festival de cinema de Sundance.
Jornalistas de diferentes veículos que assistaram ao filme relataram um enorme desconforto dos espectadores, devido ao peso dos depoimentos e das denúncias, além de descrições gráficas dos supostos abusos sofridos.
Dan Reed, diretor de Leaving Neverland, respondeu às críticas ao filme e disse que “é um documentário de 4 horas feito por um documentarista experiente e com um amplo registro em investigação e retrato de histórias complexas. E essa é uma história complexa”.
Sobre a acusação de ter produzido nada mais que uma difamação típica dos tabloides, o cineasta se defende ao afirmar que sequer caracterizou o cantor no filme. “Se você assistir, vai ver que é o retrato de duas famílias e Jackson é um elemento da história”, disse.
Como recebeu críticas da própria família do músico, Reed aproveitou para se direcionar aos parentes do cantor e contestar os comentários. “Eles têm um recurso muito precioso para proteger. Toda vez que uma das músicas dele toca, a máquina de dinheiro vibra. Não me surpreende que eles tenham se mobilizado para defender esse trunfo”, respondeu.
Além disso, ele expressou também seu posicionamento ao lado das duas supostas vítimas: “Wade e James não foram pagos nem direta nem indiretamente. As famílias não lucraram. Não teve nada, nenhuma compensação ou algo do tipo, e acho que isso é importante de deixar claro.”
Os responsáveis pelo patrimônio e legado de Michael Jackson têm criticado ampla e abertamente a produção, dizendo que “é apenas mais uma reciclagem de alegações antiquadas e sem crédito” e uma “tentativa sensacionalista e patética de explorar e arrancar dinheiro em cima de Michael Jackson”, além de classificar o filme como um “lichamento público” no qual o acusado não pode se defender.