Todd Phillips afirmou que a nova versão do palhaço quer apenas “fazer as pessoas rirem”
Todd Phillips, diretor de Coringa, explicou o maior fator de separação entre a versão que criou do personagem, interpretado por do Joaquin Phoenix, e o agente do caos com maquiagem de palhaço vivido por Heath Ledger em Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008).
“Eu não acho que este Coringa tinha como objetivo ‘ver o mundo queimar.’ O objetivo que ele tinha em mente era completamente diferente disso,” disse Phillips em uma coletiva de imprensa no sábado, dia 31 de agosto, logo após a aplaudida estreia do filme no Festival de Cinema de Veneza.
“No início do filme ele está apenas sentado fazendo isso [se forçando a sorrir e fazendo caretas] logo na primeira cena, é um cara a procura de uma identidade,” opinou o diretor. “Eu acho que ele se torna de maneira equivocada um símbolo, e na verdade o que ele procurava era atenção. Esse Coringa nunca queria ver o mundo queimar".
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Phillips explicou que, apesar de ser o estopim de uma revolução na Gotham City do filme, o objetivo do Coringa que visualizou era “genuinamente fazer as pessoas rirem”.
Sobre a ingenuidade do personagem de Phoenix, afirmou: “Ele achava ter sido colocado na Terra para fazer as pessoas rirem e trazer alegria ao mundo, e tomou algumas decisões ruins no caminho (...) Eu acho que ele se tornou um líder equivocado, ou um símbolo. Até [Robert] De Niro, que interpreta Murray Franklin, diz isso a Arthur. E o Coringa responde com ‘Não, eu não sou político.’ Ele realmente não entendeu o que ele havia criado.”
O próprio Joaquin Phoenix disse também durante a coletiva que queria fazer uma interpretação doentia do personagem que não pudesse ser diagnosticada por psiquiatras do mundo real.
Coringa chega aos cinemas brasileiros no dia 3 de outubro.