Emad Burnat, de Cinco Câmeras Quebradas, ficou preso por mais de uma hora com a família enquanto tentava provar sua situação
Emad Burnat (na foto, à direita) é um dos diretores de Cinco Câmeras Quebradas , um dos filmes que concorre ao Oscar de Melhor Documentário no domingo, 24. Claro, o cineasta palestino é um dos convidados para a festa, mas teve problemas para chegar a Los Angeles – ele foi detido no aeroporto californiano e por pouco, segundo ele, não foi deportado de volta a seu país.
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A denúncia quem fez foi outro documentarista, o norte-americano Michael Moore, que tuitou para seus mais de um milhão de seguidores o ocorrido. “Emad, a esposa e o filho de oito anos de idade foram levado a uma sala de espera onde foram ditos que eles não tinham o convite adequado para ir ao Oscar”, informa uma das mensagens.
“Mesmo que ele tenha sido convidado por produzir um dos candidatos ao Oscar, isso não foi o bastante e ele foi ameaçado de ser mandado de volta para a Palestina”. “Aparentemente os oficiais da Imigração não conseguiram entender como um palestino pode ser indicado ao Oscar. Emad me mandou mensagem para pedir ajuda”. Moore relatou que entrou em contato com os advogados da Academia e depois de uma hora e meia decidiram liberar o cineasta e sua família.
Mais tarde o cineasta palestino divulgou nota confirmando a história de Moore. “Embora seja uma experiência indesejada, esta é uma ocorrência diária para palestinos, todo dia, em toda a Cisjordânia”, relatou.
Cinco Câmeras Quebradas foi feito por Burnat em parceria com o israelense Guy Davidi (na foto acima, à direita) e exibe detalhes do dia-a-dia da fronteira entre os dois países.