O disco, com produção musical de Júlio Fejuca, conta com participações das cantoras Anelis Assumpção e Juçara Marçal
Dona Anicide Toledo foi uma pioneira no Batuque de Umbigada Paulista. Ela fez história como primeira mulher a cantar e compor na tradição. Para celebrar a vida e a obra da artista, que faleceu aos 90 anos em 2023, chegou hoje às plataformas um álbum póstumo, com produção musical de Júlio Fejuca, batizado Dona Anicide (2024).
A obra conta com 15 faixas de modas tradicionais, releituras e parcerias inéditas. Entre as participações, estão as cantoras e compositoras Juçara Marçal e Anelis Assumpção, que aparecem nas faixas "A Dor de Um Amor" e "Sinhá Sereia - Remix," respectivamente.
O disco "nasce como uma forma de celebrar e registrar parte do processo de transmissão da cultura afro-brasileira entre gerações, especialmente por suas parcerias musicais, aliando mestres e mestras da Kaiumba - outro nome atribuído ao Batuque de Umbigada - a artistas pretos e pretas mais jovens, reconhecidos nacionalmente e que já estiveram em celebrações da tradição em diferentes momentos, criando uma relação de vida com a cultura batuqueira," segundo nota.
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"Para mim, foi uma grande honra ter feito os arranjos e a produção do disco de Dona Anicide. Como sou do interior de São Paulo e estudei sobre Umbigada na antiga ULM (Universidade Livre de Música), a sensação foi de voltar para casa, me sentia à vontade com as claves e com os sotaques desde o primeiro encontro," conta Fejuca. "A Umbigada é um gênero muito importante e a mestra tinha um domínio incrível da construção do batuque, mantendo a tradição. Fiquei encantado com tudo do primeiro ao último encontro, com ela, com os batuqueiros e batuqueiras, foi uma grande felicidade poder somar com o álbum da mestra.”
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