História do clássico se passa na Transilvânia, mas foi inspirada pelo surto da doença em terras irlandesas
Drácula, livro clássico de Bram Stoker, foi inspirado por um episódio durante a segunda e terrível pandemia de cólera do século 19, ocorrida entre os anos 1829 e 1837. Uma jovem irlandesa assistiu mais de 10% da população do Condado de Sligo morrer durante o surto da doença, e os relatos da época influenciaram a criação do vampiro. As informações são do site Atlas Obscura.
Uma nova pesquisa sobre a obra de Stoker, realizada pelo historiador Marion McGarry, membro do grupo de história local chamado Sligo Stoker Society, descobriu a relação entre o vampiro romeno e a epidemia de cólera em Sligo. Ainda sem cura ou forma de transmissão descobertas na época, o surto da doença transformou a cidade em palco de cenas terríveis, com cadáveres nas ruas, abertura de vala comuns e pessoas doentes enterradas vivas. A cidade foi isolada do resto do país com trincheiras e rodovias bloqueadas.
Charlotte Thornley, a jovem sobrevivente, se tornou mãe na década seguinte. Quando cresceu, o filho, Bram Stoker, pediu um relatório com as “memórias da epidemia” e “complementou isso usando pesquisa histórica própria”, explicou McGarry ao site Atlas Obscura.
O romance foi finalmente publicado em 1897. Entre as semelhanças com o relato da mãe, está na velocidade de Drácula em fazer vítimas, assim como a cólera chegava “de navio e viajava por terra como uma névoa”. O estado do vampiro, morto e consciente, se assemelha às vítimas de cólera enterradas vivas.
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