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"Ele falava a nossa língua, falava sobre a nossa vida", diz fã em frente ao prédio de Chorão

Depois do alvoroço, rua onde morreu o vocalista do Charlie Brown Jr. se encontra em paz e apenas alguns fãs permanecem em frente ao edifício

Pedro Antunes Publicado em 06/03/2013, às 14h08 - Atualizado às 14h15

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Fãs deixaram flores e bilhete em frente ao prédio onde Chorão morreu - Pedro Antunes
Fãs deixaram flores e bilhete em frente ao prédio onde Chorão morreu - Pedro Antunes

Por volta das 14h desta quarta, 6, o silêncio habitual da Rua Morás, na zona oeste de São Paulo, onde morreu Chorão, vocalista e líder do Charlie Brown Jr., ainda era perturbado por repórteres que faziam suas participações ao vivo para as respectivas emissoras de TV. Mas nada mais.

A comoção que tomou a frente do prédio de número 238 a partir das 7h, desfez-se depois das 10h, como contou um funcionário do edifício, quando o corpo do músico, parentes e amigos deixaram o local.

Até mesmo o número de fãs foi caindo. No fim, às 12h50, apenas quatro jovens, entre 14 e 15 anos, estudantes de escolas próximas e skatistas – como Chorão –, permaneciam sentados sob a sombra de árvore.

"Quando eu acordei, antes de ir para a escola, não acreditei", diz André Santana, que diz ter pensado em faltar nas aulas desta quarta, 6, mas desistiu. "Ele falava a nossa língua, falava sobre a nossa vida", completou o amigo Reginaldo Nunes.

Relembre a trajetória e os sucessos do Charlie Brown Jr.

Duas outras amigas, depois, às 13h36, chegaram com buquês de rosas, um com flores brancas, outro de cor vermelha, e um cartão. "É difícil falar", disse Marina Colombo, de 18 anos. "É uma perda muito grande para a música brasileira", completou ela. "Ele representava muito para os jovens, falava da nossa realidade", disse Renata Milleno, de 18 anos.

Em silêncio, apenas acompanhadas pelo canto dos pássaros, as duas amigas depositaram as flores e o cartão na frente do prédio e foram embora. "Vá com Deus, nós te amamos", diz o fim do bilhete.