"Queria fazer um álbum feliz. “Alegre” foi a palavra que escolhi", diz o músico
Elton John passou os últimos anos fazendo álbuns majoritariamente reflexivos e com sonoridade baseada no piano, mas quando teve vontade de gravar um novo disco, em 2015, decidiu seguir uma direção radicalmente diferente. “Estava em Honolulu fazendo um show com a minha banda e falei para o meu guitarrista Davey [Johnstone]: ‘Vá comprar guitarras de 12 cordas’”, contou. “‘Quero ouvir muitas delas neste álbum. Vamos fazer um disco para cima”. O resultado final é Wonderful Crazy Night, que chega às lojas em 5 de fevereiro.
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Quando você decidiu escrever este tipo de disco, que instruções deu ao produtor Bernie Taupin?
Só falei que queria que até as músicas lentas fossem otimistas. Queria fazer um álbum feliz. “Alegre” foi a palavra que escolhi. Não feliz, alegre. Falei que queria me sentir alegre do começo ao fim.
Bernie me disse que, para ele, é mais difícil compor músicas felizes do que tristes. O mesmo acontece com você?
Normalmente, eu poderia compor baladas e músicas tristes o dia inteiro. Gosto de discos deprimentes e canções deprimentes, mas não me sinto assim no momento.
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Em 2017, você fará 70 anos e será seu 50º aniversário com Bernie. Haverá alguma coisa especial nesse ano para marcar as duas coisas?
Ainda não sei. Estou tentando chegar aos 69 [risos], e então verei que direção seguir. Agora, só estou ansioso para tocar essas coisas ao vivo. Estou em um momento muito feliz com minha família e meu marido, meus filhos, minha carreira. Tenho uma vida maravilhosa.
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Ouvi dizer que seus filhos o viram fazer um show pela primeira vez.
É verdade. Eles sabem o que faço, mas não dão a mínima para isso. Cantam “Rocket Man”, “Bennie and the Jets” e “Don't Go Breaking My Heart”, mas estão mais interessados em Lego, e fico muito feliz com isso. Amam música. Adoram “Uptown Funk” (Bruno Mars e Mark Ronson) e “Happy”, do Pharrell, e “I Can't Feel My Face” do The Weeknd.
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Muita gente não sabe que você trabalha com o Ed Sheeran. Qual é seu papel na carreira dele?
Tenho dado conselhos e sou dono da empresa que o gerencia. Por exemplo, no álbum x, ele não queria lançar “Sing” primeiro. Falou: “Pharrell [Williams, que ajudou a compor e produziu a faixa] tem feito tanto sucesso ultimamente. Não quero que as pessoas enjoem por causa dele”. Respondi: “Olha, é uma música que ninguém espera de você. Se lançar ‘Sing’ primeiro, entrará direto nas paradas e será seu maior sucesso nas rádios até agora”. E deu certo. Estou na ativa há tanto tempo que sei das coisas.
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