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Em entrevista, Casey Affleck fala sobre o movimento #MeToo e as acusações de assédio sexual

Segundo o ator, no mundo do cinema, as "mulheres têm sido sub-representadas, mal remuneradas, objetificadas, humilhadas e diminuídas de incontáveis maneiras"

Rolling Stone EUA Publicado em 10/08/2018, às 13h39 - Atualizado às 14h09

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Casey Affleck ganhou o prêmio BAFTA de Melhor Ator pelo trabalho em <i>Manchester À Beira-Mar</i> - Joel Ryan/Invision/AP
Casey Affleck ganhou o prêmio BAFTA de Melhor Ator pelo trabalho em <i>Manchester À Beira-Mar</i> - Joel Ryan/Invision/AP

O site Associated Press publicou na última quinta, 9, uma entrevista com Casey Affleck, na qual o ator abordou questões como o movimento #MeToo e as acusações de assédio sexual que surgiram contra ele.

As alegações (que o levaram a não comparecer à cerimônia do Oscar deste ano) surgiram em 2010 e, apesar de se dizer inocente, não se negou a resolver os processos. As acusações ressurgiram algum tempo depois, enquanto concorria a Melhor Ator pelo filme Manchester à Beira-Mar, prêmio que acabou ganhando.

"Antes de mais nada, apenas o fato de eu ter me envolvido em um conflito que resultou em um processo, já caracteriza algo que me arrependo profundamente. Gostaria de ter resolvido as coisas de outra forma. Odeio isso. Ninguém nunca tinha feito reclamações desse tipo sobre mim. Foi muito vergonhoso, eu não sabia como lidar com a situação, e não concordava com a forma como estavam me descrevendo e o que estavam dizendo sobre mim, mas tentei fazer a coisa certa, do jeito como foi pedido na época", contou.

Durante a entrevista, Affleck contou também que foi "de um posicionamento defensivo a um ponto de vista mais maduro, tentando encontrar minha culpa. E assim que descobri, percebi que tinha muita a aprender."

Sobre os movimentos #MeToo e Time's Up, ele declarou que, no mundo do cinema, "mulheres têm sido sub-representadas, mal remuneradas, objetificadas, humilhadas e diminuídas de incontáveis maneiras", e que ninguém se importava muito com essas questões, até algumas mulheres criarem coragem para dizer "chega". Ele também disse que sabe "o suficiente para saber que, no geral, devo ficar calado e ouvir, tentando entender o que está acontecendo e dar suporte da forma como consigo, por menor que seja".

Assista abaixo à entrevista completa.