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Emicida acusa Fióti de desviar R$ 6 milhões da Lab Fantasma; irmão nega em comunicado

Rapper apresentou acusação como resposta a processo judicial movido por Fióti; comunicado nas redes sociais afirma que movimentações financeiras foram transparentes

Aline Carlin Cordaro (@linecarlin)

Publicado em 01/04/2025, às 19h07
Fióti e Emicida | Foto: Edilson Dantas
Fióti e Emicida | Foto: Edilson Dantas

O rapper Emicida acusa o irmão, Fióti, de desviar R$ 6 milhões da conta bancária da Lab Fantasma, empresa que fundaram juntos em 2009, no Jardim Cachoeira, Zona Norte de São Paulo. A acusação foi feita em resposta ao processo judicial movido por Fióti, no qual tenta impedir que o irmão tome decisões sozinho sobre a empresa.

Na ação, ele alega ter tido seus acessos administrativos bloqueados no início de 2025, além de ter perdido os poderes igualitários de gestão após a revogação de uma procuração. Também afirma que houve um acordo para sua saída do quadro societário, cujos termos não teriam sido cumpridos.

A defesa de Emicida contesta, afirmando que ele sempre teve maior poder decisório dentro da estrutura da Lab. Segundo os advogados, as transferências que somam R$ 6 milhões teriam ocorrido entre junho de 2024 e fevereiro de 2025, da conta da empresa para a conta pessoal do irmão (via g1).

Já os advogados de Fióti negam qualquer irregularidade e justificam os valores com base na dinâmica de lucros da companhia, que atua como selo musical, marca de roupas e agência artística de nomes como Rael e Drik Barbosa.

Na tarde desta segunda-feira (1º), Fióti publicou um comunicado oficial em seu Instagram, rebatendo publicamente a acusação:

“Nunca desvio qualquer valor da LAB Fantasma ou de empresas do grupo. Todas as movimentações feitas durante sua gestão foram transparentes, registradas e seguindo os procedimentos financeiros adotados pelos gestores, assim como as retiradas de lucros ao sócio e artista Emicida.”

O texto afirma que a administração da empresa sempre foi conjunta, com divisão igualitária de ativos e decisões. Também declara que o próprio processo judicial contém documentos que comprovariam que Emicida recebeu valores superiores, incluindo lucros combinados entre as partes. Fióti ainda chama a acusação de "falsa" e a divulgação de informações parciais de um processo judicial de “gravíssima”.

Na legenda do post, ele reforçou:

“Sigo buscando resolver essa situação da forma mais respeitosa e justa possível, como sempre fiz.”

No último sábado (29), a equipe de Emicida publicou um comunicado oficial informando o fim da parceria artística entre os dois:

“Informamos que, a partir desta data, Evandro Roque de Oliveira (Fióti) não representa mais os interesses da carreira artística de Leandro Roque de Oliveira (Emicida).”

No dia seguinte, Fióti anunciou uma "nova fase na sua trajetória musical":

“Após 16 anos à frente da Laboratório Fantasma — grupo empresarial fundado ao lado do irmão Emicida, do qual é sócio — o empresário e artista Evandro Fióti anuncia o início de uma nova etapa em sua carreira.”

Até o momento, a empresa Lab Fantasma ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nova configuração de sua gestão.