Rapper deverá ter em mãos todos os documentos até a manhã desta quinta, 14, para viajar à noite; ele integra o line-up do festival Coachella, que acontece no próximo fim de semana na Califórnia
Está chegando perto do fim a saga do rapper Emicida para conseguir obter o visto norte-americano. O músico, que integra o line-up do prestigioso festival Coachella, na Califórnia, onde tem show marcado no próximo sábado, 15, corria ao risco de não obter a permissão necessária da imigração norte-americana para conseguir, aqui no consulado, o visto de embarque.
Uma série de barreiras burocráticas foram impostas pelo escritório do serviço de imigração, localizado em Los Angeles, que libera a petição de visto de trabalho para artistas internacionais, conforme explicou Evandro Fióti, produtor de Emicida. Foi questionado o papel de cada integrante da trupe que acompanha o artista: DJs, produtores, roadies, todos tiveram que justificar sua ida em detalhes. Na última segunda, 11, foi enviada a última remessa desses documentos - uma compilação de matérias (traduzidas para o inglês) feitas pela imprensa brasileira a respeito do rapper. Eles foram avaliados em caráter de emergência e, no dia seguinte, no final da tarde, a petição liberando a entrada a trabalho nos Estados Unidos foi emitida.
Na manhã desta quarta, 13, o consulado recebeu a equipe que foi autorizada a viajar com esse visto especial que permite fazer shows e deu entrada na parte final do documento, que havia sido deixado em aberto pelo cônsul. Dois integrantes da equipe de turnês de Emicida, porém, não foram autorizados a viajar: um roadie e o cinegrafista.
Conforme publicado anteriormente (leia aqui), além da questão burocrática, foram enfrentados problemas de ordem financeira. Fióti explicou que o Creators Project e a Intel, parceiros de Emicida, realocaram US$ 11.500 (cerca de R$ 18.500) de seus projetos para pagar as despesas de emissão de documentos e honorários do advogado para que os problemas todos relativos ao visto fossem sanados a tempo.