Rapper criticou políticos, falou de amor e de nostalgia dos anos 90 durante apresentação
Uma das grandes revelações do hip-hop nacional nos últimos anos, Emicida não poderia faltar no line-up do Sónar. O rapper teve uma hora para espremer o máximo de faixas da carreira que conseguisse para um público que, àquela altura, 2h da manhã, estava bem no pique de dançar e cantar com ele.
Acompanhando de um guitarrista e um DJ, fez um discurso criticando os políticos “e a palhaçada que eles querem fazer a gente engolir”, inflamando o público antes de “Dedo na Ferida”. Também contou que viu recentemente o documentário Simonal - Ninguém Sabe O Duro Que Dei, e relembrou a frase de Wilson Simonal sobre “música para machucar os corações” antes de emendar as letras mais românticas de “Ela Diz”, “Eu Gosto Dela” e “Vacilão”. Cantou ainda “9 Círculos”, “E.M.I.C.I.D.A.”, “A Cada Vento”, “Viva” e “Triunfo”, que encerrou as atividades com o relógio marcando pouco mais de 3h. Antes disso, durante a execução de “Zica, Vai Lá”, o telão se alternou entre exibir imagens ao vivo e passar o clipe superproduzido da faixa, que conta com as participações do jogador de futebol Neymar, Gaby Amarantos e do energético que patrocina o evento, que aparece proeminentemente.
Um dos momentos mais legais do show foi a homenagem ao cantor Buchecha, que Emicida contou ter encontrado em um camarim recentemente: “Ele tinha meu trabalho no iPod dele, fiquei muito feliz, cresci ouvindo o som do cara”. “Só não lembra dessa quem não teve infância”, afirmou antes de soltar “Quero Te Encontrar”, uma mistura que ele faz da música dele e da dupla Claudinho e Buchecha. “Anos 90, anos 90, que falta vocês fazem”, refletiu ele, nostálgico.