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Empresa cancela publicação de biografia de Woody Allen após acusações de abuso sexual

Funcionários da editora protestaram para que o livro não fosse publicado

Redação Publicado em 07/03/2020, às 14h00

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Woody Allen. (Foto: Associated Press).
Woody Allen. (Foto: Associated Press).

A editora Hachette Book Group decidiu cancelar a publicação da autobiografia de Woody Allen, que seria lançada no dia 7 de abril - a decisão aconteceu devido às críticas à empresa por publicarem o livro mesmo após as acusações de que o cineasta teria abusado sexualmente a filha adotiva Dylan Farrow

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"A Hachette Book Group decidiu que não publicará as memórias de Woody Allen, intitulada A Propos of Nothing" e "devolverá todos os direitos ao autor", disse Sophie Cottrell, porta-voz da editora, em e-mail ao USA Today

A editora foi alvo de críticas nas redes sociais nas últimas semanas por publicar o livro, inclusive dos filhos do cineasta, Dylan e Ronan Farrow. Além disso, funcionários da empresa saíram em protesto para que a publicação da obra não acontecesse: "Como empresa, estamos comprometidos em oferecer um ambiente de trabalho estimulante, solidário e aberto para todos os nossos funcionários. Nos últimos dias, a liderança da HBG teve extensas conversas com nossa equipe e outras pessoas. Depois de ouvir, chegamos à conclusão de que avançar com a publicação não seria viável para a HBG", completou Sophie.

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Allen, 84 anos, foi acusado de ter abusado sexualmente a filha adotiva Dylan Farrow quando ela tinha sete anos. O cineasta nega todas as acusações e declarou anteriormente: "Eu trabalhei com centenas de atrizes e nenhuma delas se queixou de mim, nem uma única reclamação. Trabalhei com mulheres, empreguei-as nas melhores posições, em todas as posições há anos. E sempre pagamos a elas exatamente o mesmo que aos homens. Fiz tudo o que o movimento #MeToo gostaria de alcançar."

O último filme do diretor, A Rainy Day in New York, teve a estreia cancelada nos Estados pela Amazon Studios, após as declarações de 2018. Contudo, o filme foi lançado em 2019 na Europa e o diretor ainda espera que ele chegue aos cinemas americanos.


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