O filme de Tom Hanks é um baita sucesso - e, mesmo assim, esconde vários segredinhos
Forrest Gump - O Contador de Histórias é um dos mais aclamados filmes da história do cinema. A história hilária do personagem de Tom Hanks cativou alguns milhões de pessoas, e arrecadou mais dinheiro do que poderia imaginar à época.
A narrativa é cheia de pontos singelos de alegria - Gump, um homem bem peculiar, senta em um banco e conta toda a sua história de vida a ouvidos atentos. Desde o dia em que começou a correr por fato algum até sua vida de milionário - e, principalmente, o seu amor.
Mais de 25 anos depois da estreia desse filme, separamos nove curiosidades sobre Forrest Gumpque você talvez não conhecia:
Quando trata-se do pagamento de um ator para um filme, costuma ser uma das duas opções: ou a pessoa é contratada com um salário específico, ou ela ganha uma porcentagem dos lucros. Arriscado, não é?
Funcionou bem para Tom Hanks: ele ficou com a segunda opção, a da aposta no sucesso do filme, e arrecadou mais de US$ 60 milhões por isso! Para comparar, Joaquin Phoenix e Robert Pattinson ganharam US$ 4,5 milhões para Coringae The Batman, respectivamente.
Robert Zemeckis, diretor d’O Contador de Histórias, não pensou em Tom Hanks logo de cara. A primeira pessoa que ele queria para o papel era John Travolta - mas ele não podia porque faria Pulp Fiction naquela mesma época. Bill Murray, a segunda opção, recusou - assim como Chevy Chase, a terceira pessoa. Há rumores que Sean Penn também foi considerado antes de Hanks.
Imagina alguém melhor para um dublê do que seu próprio irmão? Jim Hanks é irmão mais novo de Tom Hanks, e eventualmente cobre a agenda do irmão quando ele está ocupado ou algo assim. Em Forrest Gump, Jim fez diversas cenas de corrida para o irmão. Corre!
Em uma cena, Forrest corre até um palco montado no meio de um protesto pacifista. Ele abre a boca para falar, e cortam o microfone na hora - isso porque não tinha absolutamente nada para falar, já que Zemeckis e Eric Roth, roteirista, não conseguiram chegar num consenso de discurso.
Os dois bem tentaram, mas Zemeckis queria uma fala bem engraçada e importante. O pobre Roth tentou, e até pediu ajuda dos comediantes Robin Williams e Billy Crystal. Em vão. A cena nunca aconteceu.
Forrest Gumpé, basicamente, um filme sobre um cara que corre por aí. Ele corre, corre, corre. Cada cena, um cenário diferente - principalmente naqueles tres ou quatro minutos que mostra como ele começou tudo. Como resultado, uma cena bem cara. Tão cara que colocou em cheque toda a produção do filme - e o bolso dos trabalhadores.
Depois de Forrest Gump: O Contador de Histórias ultrapassar muito seu orçamento, o estúdio ameçou cancelar todo o projeto. Mas eles queriam muito fazer essa cena e completar logo. O diretor então foi falar com o ator e sugeriu que os dois “rachassem” a conta dessa cena extensa. Tom Hanks topou. E hoje você pode vê-la abaixo:
Forrest Gump fez muitas coisas na vida - tipo ajudar a criar a Smiley Face e conhecer o presidente John F. Kennedy, ou ser um soldado em uma guerra. Tudo isso, claro, foi mentirinha. A guerra do Vietnam, principalmente, que foi gravada inteirinha em um resort da Carolina do Sul, estado dos EUA. Os toques finais são efeitos visuais.
Não raramente, as melhores falas de filmes são improvisos. Em Forrest Gump, não é diferente: quando Hanks e Zemeckis andavam por aí em um ônibus no set de filmangens, o ator, já no personagem, resolveu fazer uma brincadeirinha: “Meu nome é Forrest Gump. As pessoas me chamam de Forrest Gump.” O diretor amou e incorporou - hoje, é uma das linhas mais icônicas.
Forrest Gump foi um estrondo de bilheteria. O filme arrecadou US$ 678,2 milhões de bilheteria (Pulp Fiction, do mesmo ano, tem US$ 213 mi). Mesmo assim, não sobrou muita coisa para Winston Groom, autor do livro Forrest Gump. Ele recebeu US$ 350 mil e promessa de 3% da receita. Mas acontece que, no cinema, essa receita não pode ser avaliada - e o homem não recebeu nada disso!
Groom processou a Paramount. Os dois fizeram um acordo que, entre outros, dizia que o estúdio teria que adaptar outro livro dele para as telonas. Mas ele aprendeu uma lição: em Gump & Co, continuação de Forrest Gump, escreveu: “nunca deixe ninguém fazer um filme sobre sua vida.”
Depois de fazer sucesso em 1994, Forrest Gump ganharia uma sequência no começo dos anos 2000. Na parte 2, Forrest dançaria com a princesa Diana, daria um passeio com O. J. Simpsons, e outras bizarrices. O roteiro foi entregue por Eric Roth no dia 11 de setembro de 2001… Uma data com um significado completamente diferente. Ele, Zemeckis e Hanks entenderam como um sinal - e acharam até que o filme perdeu a graça.
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