Compositor diz que nunca mais trabalhará com o diretor e alega que ele usa as músicas “sem coerência” em seus filmes
Um dos mais premiados e reconhecidos compositores de trilhas sonoras do mundo, Ennio Morricone detonou o método de trabalho do duas vezes vencedor do Oscar Quentin Tarantino em uma palestra na universidade LUISS, em Roma, na Itália. A informação é do The Hollywood Reporter.
Entrevista: "Se eu tivesse feito Cidade de Deus, haveria bem mais risadas nele", diz Tarantino.
O italiano afirmou que a parceria com Tarantino não deve mais acontecer, justificando que o diretor “coloca as músicas sem coerência” nos seus filmes. “Eu não gostaria de trabalhar com ele de novo, em nada”, disse o compositor. “Ele disse no ano passado que gostaria de voltar a trabalhar comigo de novo, desde Bastardos Inglórios, mas eu disse que não. Ele não me deu tempo suficiente e usou uma música que eu havia escrito previamente”, completou.
Morricone, que aparece na trilha de Django Livre, filme que deu a Tarantino o segundo Oscar, por Melhor Roteiro Original, também participou dos dois filmes da franquia Kill Bill.
Sobre o filme de faroeste de Tarantino, uma seara da qual Morricone entende muito bem, o italiano fez uma avaliação negativa. “Para falar a verdade, eu não me importei muito”, disse. “Tinha muito sangue.”