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Entre grunge e street punk, Violet Soda estreia para provar que o rock não respira por aparelhos [ENTREVISTA]

A banda lançou na sexta, 6, o primeiro disco da carreira, batizado com o nome do grupo de Karen Dió, Murilo Benites, Tuti AC e André Dea

Yolanda Reis Publicado em 13/12/2019, às 19h18

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Violet Soda (Foto: Juh Guedes)
Violet Soda (Foto: Juh Guedes)

Violet Soda é aquela banda que você conheceria durante uma madrugada dos anos 1990, enquanto assistia MTV - em um vídeo encaixado, talvez, entre um clipe do Nirvana e um do Weezer. Não destoaria, ali, a música da banda -  um rock sincero, marcado puramente pelas guitarras e bateria - e nem o visual - algo entre o grunge e o punk

“É, literalmente, o que somos,” explica Karen Dió, vocalista, em entrevista para a Rolling Stone Brasil.  “Sou do ano 1990, os meninos de 86, 88 - não tem como esquecer; vivemos isso, e nem poderíamos esquecer. Somos dessa linhagem, e não pensamos no que vai virar - isso não foi pensado. Foi essência.” 

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Mas, sorte para nós, a banda não é dos anos 1990. É de agora. Tão recente que lançaram o primeiro disco, Violet Soda, na última sexta, 6. Algo completamente “transcendental,” como descreveu Karen. A única mulher da banda assume os vocais e a guitarra, e toca ao lado de Murilo Benites, também guitarrista, Tuti AC, baixista, e André Dea, baterista.

O grupo, porém, não é novo na estrada musical - Murilo já tocou com Corona Kings; André, com Sugar Kane e Supercombo; Tuti, da Medulla. Karen também já acumula quase 15 anos de trabalho. Veio de Santos para São Paulo, inclusive, para investir em uma produção solo. Mudou de ideia quando conheceu “Mui” (o Murilo), com quem namora. Ele a ajudava nas músicas, e, juntos, decidiram fazer disso uma banda.

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A primeira música que finalizaram foi “Coffe” (em inglês, mesmo - idioma escolhido pela banda). Integrou, junto de outras três faixas, o EP de lançamento Here We Go Again (2018), e foi escolhida para virar um clipe.

O conjunto da música - que ilustra Karen como uma verdadeira Riot Grrrl - e do vídeo com cara de “caseiro” (realizado apenas pela vocalista, Murilo, Alex Girardi e Juh Guedes - ambos amigos próximos) deu o tom que a banda queria marcar para si: “Sou muito do ‘do it yourself,” comenta Karen, “gosto de botar a mão na massa. Isso dá identidade para a arte.” 


A cara “clássica” do rock chamou a atenção, e em 2019, já com dois EPs, o Violet Soda tornou-se uma das principais bandas novas no cenário hardcore do Brasil. Tocou, este ano, na Semana Internacional da Música em São Paulo, no Festival Oxigênio, no Curitiba HC Fest. Também dividiram palco, em shows individuais, com Struts, Pitty, Dead Fish, Zander e Raça.

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A banda fez muito, muito barulho, e galgou os degraus da cena. Violet Soda entra em 2020 com uma nova cara, uma nova fase. Lançaram, oficialmente, seu disco após assinar com a Deck em parceria com Forever Vacation Records. Tem, agora, novas oportunidades sem o “perrengue” inicial de montar a banda - e aproveitam para investir em novidades. 

Lançaram nesta sexta, 13, o clipe de “Charlie,” faixa de abertura do disco Violet Soda. Ao contrário dos vídeos anteriores, feitos pelos integrantes com ajuda de amigos, esse teve uma equipe completa por trás. Existiu um diretor, um diretor geral, diretor de fotografia e orçamento. “Algo que não estamos acostumados,” observa Karen. Mas gosta da mudança: “Todo mundo que nos acompanhava vai poder ver nossa trajetória.”


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Esse caminho, inclusive, foi há muito traçado e desejado. Depois de lançar dois EPs com quatro músicas cada, já pensavam no disco. “Por sermos macacos velhos, sabíamos o que seria legal para fazer, de modo que as pessoas fossem conhecendo a banda de um jeito que daria certo. Então, mostramos duas fases [nos EPs] e, agora, trouxemos o álbum para firmar que a gente é isso, mesmo.”

Violet Soda foi lançado na sexta, 6, e tem nove faixas. Produzido por João Lemos (Molho Negro) e Alexandre Capilé (Sugar Kane), está disponível nas plataformas de streaming, no YouTube e na Apple Store. Ouça o disco completo clicando aqui ou conheça, abaixo, “I’m Trying,” o primeiro single que já chegou às rádios:

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