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Escracho sem pudor

A Banda das Velhas Virgens bagunçou com suas canções sacanas

Paulo Cavalcanti Publicado em 08/04/2012, às 22h42 - Atualizado às 22h49

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Apesar de não ser muito valorizada pela crítica, a Banda das Velhas Virgens sobrevive de forma independente há 25 anos e tem um público fiel, que a acompanha por onde toque. A sua escalação para o Lollapalooza foi criticada por alguns puristas, mas o rock sexista, politicamente incorreto e bêbado da trupe trouxe um bem-vindo senso de avacalhação ao festival dominado pelo puritanismo indie.

Precisamente às 20h15, a banda comandada pelo irreprensível vocalista Paulão subiu ao palco Alternativo. Por 1h15 o grupo desfilou seus clássicos cafajestes como “Só Pra Te Comer”, “A Mulher do Diabo”, “Eu Toco Rock'n'Roll”, “Senhor Sucesso”, “Abre Essas Pernas”, “Buceta” e outras.

Paulão não tem muito senso de ridículo e isso é bom. Ele joga uma lata de cerveja na cara, se traveste, tira a roupa, mostra o barrigão e por aí vai. No meio da bagunça, ainda detona pagodeiros, sertanejos e outros artistas populares distantes do rock blues que ele e seus comparsas tocam. A vocalista Juliana toma conta de algumas das músicas e encarna as fantasias sexuais tão presentes nas letras da banda. Ironicamente o encerramento foi muito distante do rock - fantasiado de Carmen Miranda, Paulão, ao lado de Juliana, comandou um seleção de marchinhas de carnaval repleta de letras de duplo sentido.