Paul McCartney afirma que foi ele, e não John Lennon, que incentivou o grupo a apoiar o fim da Guerra do Vietnã
O ex-Beatle Paul McCartney afirmou em entrevista à edição de janeiro da revista Prospect, que foi ele quem politizou os Beatles, e não John Lennon.
McCartney disse que convenceu Lennon a se opor à Guerra do Vietnã em 1968, depois de ter começado a refletir sobre o conflito a partir de um encontro com o filósofo e pacifista britânico Bertrand Russel, Nobel de Literatura em 1950.
Russel "falou da Guerra do Vietnã, a maioria de nós não sabia sobre isso, ainda não estava nos jornais, e também disse que era uma guerra muito ruim", afirmou o McCartney, na entrevista que foi antecipada hoje, 15, pelo jornal The Sunday Times.
Em 1968, os Beatles gravou a música "Revolution", em oposição ao conflito.
Segundo a agência de notícias Efe, alguns especialistas na história do Fab Four estão contrariados com a declaração de McCartney. Alan Clayson, autor de biografias sobre o quarteto de Liverpool, disse que McCartney parece estar querendo refazer a história do grupo, "agora que Lennon não está" mais vivo.