Autobiografia de Stuart Cable mostra como a tríade sexo, drogas e rock 'n' roll dominou por anos seu dia-a-dia na banda de britpop
Stuart Cable, ex-baterista do Stereophonics, lança nesta segunda, 6, a autobiografia Demons and Cocktails, na qual revela detalhes sobre o tempo em que comandava as baquetas no grupo de britpop. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
A promessa de Cable é "expôr as verdadeiras personalidades" dos ex-colegas, além de falar sobre sua saída da banda, em 2003.
Desde que deixou o posto, o músico apresenta programas de rádio e toca na Stone Gods (formada por ex-integrantes da banda inglesa de glam rock The Darkness).
Demons and Cocktails ("demônios e coquetéis", em livre tradução) conta como os meses a fio na estrada, com "self-service" de bebidas e cocaína, acabaram por afundar o casamento do músico. Também está lá o ponto de vista de Cable sobre as brigas homéricas com o ex-melhor amigo e líder do Stereophonics, Kelly Jones. Outro momento pesado que mereceu algumas linhas foi quando encontrou uma garota, com quem tinha bebido e usado drogas, nua e tendo uma overdose no chão de um quarto de hotel - sobre o episódio, escreveu: "Eu me caguei todo. Era como uma cena saída de Pulp Fiction".
Abaixo, trechos da autobiografia, publicados pelo site de notícias galês Walesonline:
"Quando saíamos em turnê, cocaína nunca estava distante de mim. Quando o show terminava, eu entrada em um estado zumbi-tomado-por-coca.
Era temporada de festas e natal branco, tudo embolado em uma coisa só.
(...) Nós fomos de bandazinha de rock - na qual éramos os melhores dos amigos - aos dois mosqueteiros contra o hiperativo palhaço junkie. Quando mais nos afastávamos, mais eu me rebelava e seguia rumo próprio.
Olhando pra trás eu sei que eu era um pé no saco. Eu posso ser um pé no saco sem a influência das drogas, então posso apenas imaginar como era quando eu estava doidão."