Rapper estreia o single Placo para celebrar a chegada do seu próprio selo, MGoma
Sinta o grave! É Rincon Sapiência acertando no alvo (de novo). O rapper lança, com exclusividade na Rolling Stone Brasil, single e clipe de "Placo", uma ode ao "corre".
Tem uma batidinha do funk ali, perceba, enquanto o grave vagaroso retumba nos ouvidos. Nesse trapfunk, o artista também conhecido como Manicongo se deleita. Rima bem. Rima fácil.
"Placo" vem da gíria usada para dinheiro. "Ninguém quer, não me leve a mal / Nóis tamo no corre do placo", diz Rincon, antes de deixar o refrão simples (com a repetição do nome da faixa) tomar conta da música.
Bom narrador do cotidiano e observador sagaz, Sapiencia enfilera vivências e histórias sobre a periferia e o gueto. Contemporâneo, junta Uber e Roberto Justus nas suas rimas.
Faz isso com a mesma facilidade exibida ao colaborar com artistas de sonoridades distintas, como IZA, Rubel, Sidney Magal e Alice Caymmi.
A faixa é produzida por Paiva, Lotto e Billy Billy. Com eles, Placo cria pontes. Tem a ancestralidade dos tambores, o funk periférico, o peso e a contemporaneidade
do trap.
Para criar o diálogo entre a som e imagem, o diretor Gabriel Duarte colocou Sapiência na favela de Paraisópolis, a segunda maior de São Paulo, localizada na zona sul, no meio dos bairros mais ricos da cidade. É o melhor retrato de uma sociedade rachada.
É ali que o "corre do placo" se desenvolve. Diante das câmeras, além de Sapiência, estão os dançarinos do NGKS Passinho do Maloca) - eles exibem passos de dança que em breve devem ser vistos nos shows do Manicongo.
A chegada da canção também celebra o selo MGoma (lê-se "em goma"), criado pelo rapper.
Assista ao videoclipe de Placo: