O depoimento é um extra do filme Torquato Neto - Todas as Horas do Fim
Em vídeo exclusivo, o músico Tom Zé comenta a genialidade do amigo e compositor Torquato Neto, e recorda da primeira vez que ouviu “Geléia Real”, sucesso da época da Tropicália. O depoimento é um aquecimento para o lançamento do longa Torquato Neto - Todas as Horas do Fim, que estreia dia 8 de março, e é o primeiro documentário inteiramente dedicado à vida e obra do poeta piauiense.
A direção fica por conta do pesquisador musical Marcus Fernando e do cineasta Eduardo Ades. “A ideia do filme é jogar uma luz sobre a vida e a obra desse personagem tão importante - e ao mesmo tempo ainda tão obscuro - da cultura brasileira”, conta Fernando, sobre o primeiro longa em que participa como diretor. Ades, que já possui experiência no ramo cinematográfico, completa dizendo que “Torquato Neto é um personagem imenso e se revelou um desafio gigantesco para a montagem do filme. A gente percebeu que só daria conta de trazer a verdade dele se o colocasse em primeiro plano mesmo, como protagonista do filme. E assim evitando que o filme se tornasse frio e o Torquato, apenas um assunto. Para isso, selecionamos dezenas de textos e músicas dele – era preciso que ele falasse em todas as sequências, sobre todos os assuntos que abordamos.”
O poeta, que atuou em diversas áreas, marcou forte presença na poesia, na música, no cinema, no jornalismo e na produção cultural em geral. Torquato iniciou uma carreira musical na década de 1960, compondo ao lado de nomes como Caetano Veloso e Gilberto Gil, com os quais se juntaria, mais para frente, no movimento Tropicália, criando os clássicos da música nacional “Geléia Geral” e “Marginália II” (ambas em parceria com Gil), e também “Mamãe, Coragem” (com Caetano). No cinema, atuou como o protagonista do curta “Nosferato no Brasil“, dirigido por Ivan Cardoso, e logo em seguida rodou “O Terror da Vermelha”, estreia de Torquato como diretor.
Veja abaixo o depoimento de Tom Zé e também o trailer do documentário.