Evento será realizado no WTC Golden Hall, localizado na zona sul de São Paulo, entre sexta, 9, e domingo, 11
Tudo nasceu do Delta do Mississipi no início do século 20. Mas, assim como as águas do rio que corta os Estados Unidos, o blues surgido ali se espalhou entre afluentes, braços e córregos. O festival Samsung Galaxy Best of Blues, que chega à segunda edição nesta sexta-feira, 9, realizado pela empresa Dançar, busca justamente destrinchar as influências espalhadas pelo gênero ao longo dos anos.
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“Nós queríamos um festival que tivesse uma característica mais jovem, ao invés de levar para um jazz antigo e tradicional”, afirma Pedro Bianco, criador do festival e presidente da Dançar, sobre a formação do Best of Blues, em 2013. “Achamos que não deveria ser um festival para 4 mil ou 5 mil pessoas. Tinha que ser uma coisa intimista.” Justamente por isso, a partir desta sexta-feira, 9, o evento volta ao WTC Golden Hall, localizado na zona sul de São Paulo, para três noites com atrações que fazem justiça ao nome do festival e com gêneros que nasceram do blues.
Como explica Bianco, cada um dos dias tem uma proposta diferente, a começar pela classe de Buddy Guy, responsável por encerrar as atividades do primeiro dia. “Uma noite deveria ter a tradição do blues”, diz o criador do festival. B.B. King também chegou a ser cogitado, segundo contou ele, mas as condições de saúde do Rei do Blues o impediram de fazer a viagem até o Brasil. Ana Popovic e Jonny Lang fazem parte das promessas do gênero e completam o line-up. Ela, uma estrela em ascensão com sua guitarra Fender Stratocaster, enquanto ele já era comparado com mestres do gênero ainda adolescente.
Por falar em mestre, Jeff Beck foi escolhido para capitanear a segunda noite, no sábado, 10, sendo antecedido por Joss Stone e a brasileira Céu. “Queríamos uma coisa mais diferenciada”, diz Bianco. “O que nos inspirou foi a própria revista de vocês”, conta ele, citando a eleição dos 100 maiores guitarristas de todos os tempos, publicada pela Rolling Stone Brasil em fevereiro de 2012. “Tinha que ser alguém no Top 5.” O quinto lugar é justamente o posto ocupado por Beck.
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Por fim, o suingue é a palavra que ditará as regras no domingo, 11, quando o festival chega à terceira e última noite. O nome mais surpreendente da escalação é o brasileiro Marcelo D2, cujos últimos trabalhos trançaram uma união entre hip-hop e outros gêneros como samba e soul. O rapper, que recentemente participou de uma turnê com a antiga banda Planet Hemp, foi um pedido do headliner de domingo, conta Bianco. Aloe Blacc disse que gostaria de tocar com D2, com quem gravou uma das faixas do mais recente disco do brasileiro, “Danger Zone”, lançada no álbum Nada Pode Me Parar (2013). Trombone Shorty e a Orleans Avenue farão a abertura.
Como a venda de ingressos para os três dias de festa vão de vento em popa, Bianco diz já pensar na terceira edição do Best of Blues. “Sem dúvida!”, declara. “Até já sabemos quem queremos chamar para o ano que vem.” Afluentes do rio caudaloso que é o blues, definitivamente, não faltam. Veja abaixo o serviço completo do festival.
Festival Samsung Galaxy Best of Blues em São Paulo
Sexta, dia 9, a partir das 20h: Ana Popovic, Jonny Lang e Buddy Guy
Sábado, dia 10, a partir das 20h: Céu, Joss Stone e Jeff Beck
Domingo, dia 11, a partir das 19h30: Trombone Shorty & Orleans Avenue, Marcelo D2 e Aloe Blacc
WTC Golden Hall - Avenida das Nações Unidas, 12.551 – Brooklin
Ingressos: R$ 150 a R$ 900
Vendas: Livepass
Informações: Site oficial