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Festival El Mapa de Todos cresce em número de público

Evento começou com shows de Esteban, Apanhador Só e Algodón Egípcio, entre outros

Cristiano Bastos, de Porto Alegre Publicado em 07/11/2012, às 23h31 - Atualizado às 23h43

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Rodrigo Tavares e o projeto Esteban no festival El Mapa de Todos - Belisa Giorgis/Divulgação
Rodrigo Tavares e o projeto Esteban no festival El Mapa de Todos - Belisa Giorgis/Divulgação

Nesta terça, 6, a primeira noite do El Mapa de Todos, festival voltado para a integração iberoamericana na área da música e da cultura digital, em Porto Alegre (RS), mostrou que a maratona cresceu evidentemente em número de público. Em sua terceira edição, o festival está se consolidando como o principal evento desse tipo no Brasil, somando-se conceitualmente a festivais Rock al Parque, na Colômbia, Vive Latino, no México, e Ciudad Emergente, na Argentina.

A exemplo dos anos anteriores, bandas brasileiras dividem o palco do tradicional Bar Opinião com formações, além do Brasil, vindas do Peru, México, Venezuela, Chile, Argentina e Uruguai. São 15 grupos no total e, destes, sete são estrangeiros.

A curadoria do festival é do produtor Fernando Rosa, o Senhor F., que, segundo ele, busca compor na programação um “mosaico musical ao mesmo tempo ilustrativo e atraente para o público local”.

Desde o início, o festival, cuja primeira edição foi realizada em Brasília, em 2008, teve a ambição de contemplar música e ideias. Este ano, além dos shows, o evento segue na Casa de Cultura Mario Quintana com o seminário Integração pela Música, que discutirá, entre outros temas, as políticas públicas e o papel do Estado na promoção do intercâmbio cultural-musical.

Entre as atrações da primeira noite, a banda brasileira Fábrica do General Bonimores, com sua proposta sonora de vanguarda, abriu o festival. O sexteto, que mostrou influências de Beatles, The Strokes e Eric Clapton, agradou ao público que, no começo da noite, começou a encher a casa. Foram sucedidos pelo venezuelano “Cheky” Bertho, membro do grupo caraquenho Jóvenes y Sexy, que veio com a seu projeto solo “homem-banda” intitulado Algodón Egípcio. Foi ele quem de o tom, por assim dizer, mais exótico da noite.

Mas quem arrastou maior número de público, certamente, foi o projeto Esteban, do ex-Fresno Rodrigo Tavares. O músico apresentou as músicas do primeiro álbum, iAdiós, Esteban!, o qual foi lançado primeiramente em download gratuito em seu site oficial. No Esteban, Tavares revelou um trabalho de musicalidade extremamente orgânica, e sem o peso das guitarras, bastante diferente de sua ex-banda. A proposta foi muito bem recebida, assim como as bandas Franny Glass & Banda, do Uruguai, e Apanhador Só, de Porto Alegre, que possui um púbico crescente e um repertório que se torna cada vez mais conhecido.

O El Mapa de Todos acontece até quinta-feira, 8.