Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Que Horas Ela Volta? será representante do Brasil na disputa pelo Oscar

Dirigido por Anna Muylaert, longa traz Regina Casé como a empregada doméstica Val

Redação Publicado em 10/09/2015, às 16h19 - Atualizado às 17h36

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
galeria: filmes brasileiros no oscar abre - Divulgação
galeria: filmes brasileiros no oscar abre - Divulgação

O Ministério da Cultura anunciou nesta quinta-feira, 10, que o filme Que Horas Ela Volta? irá representar o Brasil na disputa pelo Oscar. O longa entra na briga por uma vaga na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira na premiação de 2016.

Edição 108 – Delicado, Que Horas Ela Volta? expõe realidade incômoda das relações de poder.

Celebrado pela crítica, Que Horas Ela Volta? já tem na bagagem prêmios dos festivais de Sundance e Berlim. O filme, que estreou em circuito comercial no último dia 27 de agosto, é dirigido por Anna Muylaert e tem como protagonista a atriz Regina Casé, que dá vida a Val, uma empregada doméstica.

Na trama, Val é uma nordestina que deixa a filha em Pernambuco para trabalhar como babá numa família de classe alta em São Paulo. Treze anos mais tarde, ela tornou-se uma segunda mãe para o menino Fabinho. O enredo do longa se inicia no momento em que Jéssica, filha da protagonista, vai para São Paulo prestar vestibular.

Filme brasileiro protagonizado por Regina Casé ganha prêmio no Festival de Berlim

Em 2015, o Brasil teve como representante Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, de Daniel Ribeiro. Porém, o último filme nacional que chegou a concorrer ao Oscar nessa categoria foi Central do Brasil, em 1999. Que Horas Ela Volta? bateu A História da Eternidade, Casa Grande, Entrando Numa Roubada, Estranhos, Estrada 47, Alguém Qualquer e Campo de Jogo, entre outros concorrentes a pleitear uma vaga na lista de indicados ao Oscar do ano que vem.

Segundo Anna Muylaert, o roteiro demorou cerca de duas décadas para ficar pronto, e ela afirma que a ideia surgiu em 1995, com o nascimento do primeiro filho: “O chamado para maternidade para mim foi muito forte. Eu senti que o trabalho da mãe não era apenas muito importante, era sagrado. Mas ao mesmo tempo senti que esse era um trabalho desvalorizado na nossa cultura.”

É Proibido Fumar sai vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

“No meu âmbito social o costume era entregar o cuidado diário dos filhos para babás, cujos salários eram baixos. E muitas vezes essas mulheres eram obrigadas a deixar seus filhos com outras pessoas para poder trabalhar. Senti que na figura da babá estavam contidos vários paradoxos”, afirma a diretora em comunicado oficial sobre o filme.