Flávio Bolsonaro recebeu 1.512 depósitos suspeitos em loja de chocolates, segundo TV Globo

Tudo isso teria acontecido entre 2015 e 2018

Redação

Publicado em 21/08/2020, às 09h56
Flávio Bolsonaro (Foto: ASSOCIATED PRESS)
Flávio Bolsonaro (Foto: ASSOCIATED PRESS)

De acordo com reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, na última quinta, 12, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) teria recebido 1.512 depósitos suspeitos em loja de chocolates, no período entre março de 2015 e dezembro de 2018 (via Uol). A suspeita do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) é de que essas movimentações foram usadas para lavagem de dinheiro.

Além disso, a TV Globo revelou dados bancários com diversos depósitos seguidos um dos outro, em espécie e com os mesmos valores redondos. Por exemplo, como mostrado pelo Uol, houveram 63 depósitos seguidos de R$ 1,5 mil, 63 de R$ 2 mil e 74 de R$ 3 mil. O último depósito possui o valor mais alto permitido em transações em dinheiro vivo, no caixa eletrônico dos bancos.

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Houveram dezenas de depósitos no valor máximo, em 12 datas diferentes. No dia 28 de novembro de 2016, foram 7 depósitos de R$ 3 mil, um total de R$ 21 mil; em 18 de dezembro de 2017, 10 depósitos de R$ 3 mil, R$ 30 mil na soma; já em 25 de outubro de 2018, 11 depósitos de R$ 3 mil, somando R$ 33 mil.

Como dito pelo Jornal Nacional, naquela época, qualquer depósito em dinheiro vivo de mais de R$ 10 mil devia ser reportado às autoridades, para evitar lavagem de dinheiro. Mas como os depósitos eram divididos em valores, o esquema driblou a fiscalização.

A loja de chocolates foi comprada no começo de 2015 e o político, nos dois primeiros meses, retirou lucro de R$ 180 mil. O sócio dele, no entanto, fez nenhuma retirada.

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De acordo com o Uol, o MPRJ afirmou sobre os depósitos serem desproporcionais ao faturamento da loja e ainda coincidem com a época na qual Fabrício Queiroz arrecadava parte dos salários ds servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), em um esquema conhecido como "rachadinha".

Por outro lado, a defesa de Flávio Bolsonaro nega qualquer irregularidade e afirmou que já deu informações ao Ministério Público e não pode falar sobre um processo sob sigilo. Já a defesa de Queiroz relatou que ele nunca trabalhou na loja de chocolates e não sabe sobre a administração do estabelecimento.


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