Canção, que faz parte do projeto Casa de Bambas, tem participação de MC Nego Blue
O segundo ano do projeto Casa dos Bambas, que foi criado com o intuito de conectar arte e música, promete explorar o manifesto da ‘liberdade para experimentar’, valorizando a mistura, a diversidade e estimulando os jovens a explorarem novos caminhos.
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Para isso, o projeto, que tem apoio da marca de uísque Passport, selecionou, através de um processo de curadoria, jovens que representassem um talento único. O requisito era ter criatividade e inspiração para propagar a mensagem de liberdade de escolha e as diferentes formas de interação deles com o público.
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Os escolhidos foram: a rapper Flora Matos, o funkeiro MC Nego Blue e o produtor Alexandre Basa. Desse encontro nasceu a faixa "Me Chama", que conta com as batidas características da música propagada por Nego Blue e com as rimas desconsertantes de Flora Matos.
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O desafio de unir o rap ao funk foi a razão que motivou a parceria entre os artistas, além da oportunidade de retratarem a realidade de cada um deles, que já tiveram muitos desafios na vida e hoje propagam suas vozes de ‘gente que faz’.
Nesta sexta-feira, 22, foi lançado o clipe que ilustra a canção. O vídeo é um registro de um show em que Flora Matos e MC Nego Blue mostraram, pela primeira vez ao vivo, a faixa "Me Chama". Veja abaixo:
Em entrevista à Rolling Stone Brasil, Flora Matos fala sobre os desafios de misturar o rap ao funk.
Como surgiu o convite para participar do projeto Casa dos Bambas?
Flora Matos: Surgiu em um momento bastante propício. Quando me falaram sobre a possibilidade de participar, eu me senti empolgada com o convite e a ideia de experimentar a mistura.
E o processo de criação de "Me Chama"? Como rolou?
Flora Matos: Foi bastante cansativo, mas gratificante. Isso porquê dependemos todos das opiniões uns dos outros. Eram três artistas, sem contar o restante da equipe. Contudo, isso com certeza agregou muito na minha experiência como artista. Trabalhar assim, com diversas opiniões, faz parte do trabalho em equipe, e juntos conseguimos formatar de um jeito que todo mundo curtiu. O processo inclui a minha criação na pré-produção de algumas batidas, escrevi ainda três letras diferentes até optarem por essa. Eu tentei puxar o refrão para uma estética que para mim era mais interessante, mas no final foi importante respeitar a forma que o produtor conduzia a gravação com o Nego Blue. Dirigi e gravei meu próprio vocal, e acho que isso deixou a música mais descontraída.
Você já tinha feito algum outro trabalho com algum artista do funk?
Flora Matos: Nunca tinha gravado com ninguém do funk.
O Alexandre Basa é um produtor importante na cena do rap nacional. Como foi trabalhar com ele?
Flora Matos: Eu já conhecia o Basa e acho o disco que ele produziu com o Black Alien maravilhoso. A gente ainda não tinha trabalhado junto e o primeiro contato foi delicado, uma adaptação do que ambos queriam. Mas foi uma experiência muito importante!