CARREIRA

Florence Pugh diz que não se encaixa em Hollywood: 'Ainda se trata de suprimir um sexo'

Ao longo da carreira, Florence Pugh estrelou filmes como Midsommar - O Mal Não Espera a Noite (2019) e Não Se Preocupe, Querida (2022)

Felipe Grutter (@felipegrutter)

Publicado em 30/12/2024, às 12h01

COMPARTILHE

Florence Pugh (Foto: Karwai Tang/WireImage)

Atriz conhecida por filmes como Todo Tempo Que Temos (2024), Midsommar - O Mal Não Espera a Noite (2019), Não Se Preocupe, Querida (2022), Oppenheimer (2023) e Adoráveis Mulheres (2019), Florence Pugh disse que não se encaixa em Hollywood e criticou a indústria, que "ainda se trata de suprimir um sexo."

Durante entrevista ao The Times, a artista de 28 anos relembrou a carreira, do início até hoje, e revelou os desafios que as mulheres podem enfrentar na indústria do entretenimento. "Existem limites que as mulheres precisam respeitar, caso contrário serão chamadas de diva, exigentes, problemáticas," afirmou. "E não quero me enquadrar em estereótipos feitos por outros. É realmente exaustivo para uma jovem estar apenas nesta indústria e, na verdade, em outras indústrias. Mas sempre fui encorajado a ter voz."

Em seguida, Pugh explicou como "sempre esteve na moda" dizer às mulheres como viver as respectivas vidas, ou que as decisões dela estão erradas: "É uma questão de controle, não é? Em última análise, ainda se trata de suprimir um sexo, e estamos lidando com isso o tempo todo." Ela ainda disse que não estava preparada para ficar quieta, embora “a maioria das pessoas inteligentes simplesmente ficasse quieta e fosse viver sua vida”.

A artista se descreveu como “um pouco falante e argumentativa” e “um pouco barulhenta” para seguir as regras de Hollywood. "Eu seria incapaz de não dizer como me sinto, especialmente quando sou eu que estou sendo atacada. Se as pessoas não quiserem que eu seja assim, ficarão gravemente desapontadas."

Em seguida, a atriz relembrou de quando sentiu vergonha do próprio corpo ao ver outras mulheres sofrerem. "Lembro-me de assistir a essa indústria e sentir que não estava representada. Lembro-me de manchetes horríveis sobre como Keira Knightley não é mais magra, ou de ver mulheres se despedaçando apesar de serem talentosas e bonitas," disse.

Estou orgulhosa de ter permanecido sozinho e ter a minha aparência – estou realmente interessada em pessoas que ainda estão com raiva de mim por não perder mais peso, ou que simplesmente odeiam meu piercing no nariz.

"Não poderei simplesmente mudar como as coisas são – mas certamente posso ajudar as jovens que entram nesta indústria, fazendo com que as conversas aconteçam onde antes não existiam," continuou Florence Pugh.