Dave Grohl acredita que os concertos patrocinados por fãs podem ser o futuro da música ao vivo
Redação Publicado em 06/09/2014, às 13h07 - Atualizado às 14h27
O Foo Fighters já marcou a data do show que fará através de crowdfunding, ou seja, com patrocínio direto dos fãs. A atuação, exclusiva para 1500 pessoas, acontece no National Theatre em Richmond, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, em 17 de setembro.
A iniciativa foi criada pelo fã Andrew Goldin, que deu início à campanha online para levar a banda de Dave Grohl de volta à cidade em que não toca desde 1998. O grupo confirmou a apresentação via Twitter: "Vamos lá fazer isto. Se contribuíram, consultem o e-mail de vocês para saber mais detalhes!".
Goldin e os amigos dele, Brig White, John McAdorey e Lucas Krost, tomaram como meta vender 1.400 ingressos no valor de US$ 50 cada, prometendo aos compradores que o dinheiro seria devolvido se a banda não concordasse tocar por lá. Graças a uma iniciativa de ávidos fãs e empresas do comércio local – cada uma das duas que apoiaram comprou US$ 5 mil em ingressos e planejaram doar todos eles –, os amigos não só fizeram com que o Foo Fighters soubesse da campanha, como também os convenceram a fazer o show.
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Em entrevista à rádio sul-africana 5FM, Grohl defendeu recentemente que este tipo de show poderá ser o futuro da música ao vivo, dando a entender que a banda poderá fazer outras apresentações neste sistema. “Essa poderia ser uma forma das bandas decidirem onde querem tocar”, disse Grohl. “É algo engraçado, algo que muda o esquema. Durante os últimos 20 anos, nós sempre decidimos com quem e onde tocaríamos. Mas, agora, se soubermos que as pessoas querem que a gente vá para algum lugar, a gente pode ir até lá”.
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Enquanto isso, o Foo Fighters se prepara para lançar Sonic Highways, um novo álbum de estúdio. Gravado em oito estúdios lendários, cada um em uma cidade diferente dos Estados Unidos, Sonic Highways tem produção de Butch Vig e será lançado juntamente à série homônima, que trará o todo o processo de gravação do disco, contando também a história dos estúdios por onde o grupo passou.
Recentemente, Dave Grohl comentou a sonoridade do álbum: “Você vai reconhecer o Foo Fighters nesse disco, mas ainda assim se surpreenderá conosco. Estamos fazendo coisas que nunca fizemos antes”. Ele ainda acrescentou: “Ainda queria dizer que são apenas oito canções, mas acho que será nosso álbum mais longo porque, enquanto eu escrevia essas músicas, eu tive que ter uma aproximação ao cinema. Como se eu não pudesse escrever um jingle de três minutos e meio para a [rádio] KROQ e depois filmá-lo para encerrar um episódio sobre a história da música de Nova Orleans, sabe?”.
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Sobre a série na HBO, ele comentou: “A gente foi lá, começou a gravar, e eu sai pela cidade filmando e entrevistando o máximo de pessoas que pude. Fiz mais de 100 entrevistas. Ao fim da semana, peguei todas as minhas anotações, coloquei-as no chão, sentei com uma caneta e meu diário e reduzi todas essas histórias s uma música. Eu retirei elementos das experiências, anedotas e o ambiente das pessoas – é como uma reportagem. É ‘bungee jumping’ musical”.
