Como não poderia deixar de ser, "Pumped Up Kicks" foi um dos momentos mais celebrados deste domingo, 8
Sem muita firula, pode-se dizer que o show do Foster the People se assemelha muito ao que se ouve no único disco do grupo lançado até hoje, Torches (2011). Outra coisa que se deve ressaltar é a qualidade do trio - ao vivo, um quinteto - em fazer hits. Com melodias memoráveis e letras que falam de amor, o grupo fica no limite de uma linha tênue que separa o indie rock da banda do estilo de uma boy band.
A banda abriu com "Houdini", que foi amplamente bem recebida pelo público. Quase todas as canções eram cantadas em uníssono pela plateia próxima ao Palco Cidade Jardim, sem exceções. Bastões de neon verdes tornavam ainda mais bonito o espetáculo do Foster, que cumpriu um roteiro semelhante ao de suas apresentações no Brasil, até o momento.
Sempre usando do falsete na voz, o vocalista Mark Foster mostrou carisma e pôs o público para dançar em canções como "Broken Jaw", "Love" e o outro grande hit da banda, "Call It What You Want". "Vocês foram um grande público", disse Foster sobre os shows que a banda já realizou, em São Paulo e no Rio de Janeiro. "A América do Sul tem a reputação de ser o melhor público do mundo. De verdade!"
"Don't Stop (Color on the Walls)", com Mark na guitarra, deu um tom mais pesado para a apresentação por uns instantes. Mas o Foster the People não é uma legítima banda de rock: o pop do grupo fica muito mais claro em "Helena Beat" e no final épico com uma versão de mais de oito minutos de "Pumped Up Kicks", uma das canções de maior sucesso do ano passado. Com sorrisos em seus rostos, os integrantes do Foster the People cumpriram o dever de casa no Lollapalooza.