Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Frontman do Village People ganha batalha judicial para recuperar direitos sobre músicas

O cantor Victor Willis agora é o dono dos direitos de "YMCA" e de 32 outras faixas do grupo

Rolling Stone EUA Publicado em 09/05/2012, às 13h33 - Atualizado às 15h12

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Reprodução/Site oficial
Reprodução/Site oficial

Um juiz da Califórnia ficou do lado do vocalista original do Village People (foto), Victor Willis, e descartou um processo que estava sendo movido por duas empresas de publicação – a Scorpio Music e a Can't Stop Productions –, que tentaram impedir que Willis recuperasse os direitos de "YMCA" e 32 outras faixas do Village People. As informações são do site do jornal The New York Times.

Willis, que entrou com o processo no último mês de agosto, usou como base uma provisão adicionada à lei de direitos autorais em 1978 que dá aos artistas "direitos de interrupção", permitindo que eles recuperem a posse e o controle das músicas assinadas por eles 35 anos depois do lançamento original. Isso quer dizer que a partir de 2013, artistas que vão de Bob Dylan a Bruce Springsteen poderão pegar de volta a posse de discos de sucesso, permitindo que eles façam licenciamento de suas músicas para publicidade, as vendam para outros selos ou até mesmo assumam a distribuição delas. Enquanto isso, selos que dependem da venda de catálogos antigos poderão sofrer uma queda considerável nas vendas.

As empresas de publicação, contudo, afirmaram que a situação de Willis é diferente da dos compositores citados: como Willis foi contratado para integrar o Village People, então era um empregado da empresa, as músicas eram feitas “sob encomenda”. Em agosto, Steven Marks, um lobista da Recording Industry Association of America, disse ao veículo que a RIAA acreditava que "o direito de interrupção não se aplica para a maioria das gravações" porque grande parte das masters foi criada “sob encomenda”.

Mas a decisão do juiz Barry Ted Moskowitz estabeleceu um novo precedente. O advogado de Willis, Brian D. Caplan, destacando que esse foi o primeiro caso a lidar com a definição de “direitos de interrupção”, disse que “o significado dessa decisão é que um autor que dá os direitos a uma empresa de publicação tem a possibilidade de recuperar esse direito autoral pelo que criou 35 anos antes, sem importar o que outros coautores façam ou deixem de fazer, e que um autor recupera isso sem importar o acordo de lucro que foi feito 35 anos antes”.

A decisão aconteceu em meio a um período tumultuado para a indústria fonográfica, começando com a resolução do caso de Eminem, antes sem precedentes, que estabeleceu que artistas têm direito a 50% das receitas obtidas com vendas digitais. Mais recentemente, Toto processou a Sony por causa de royalties que não tinham sido pagos, assim como Kenny Rogers, Peter Frampton e Chuck D.