Músico foi acusado por plágio inconsciente com "My Sweet Lord"
Com a separação dos Beatles no início dos anos 1970, cada integrante da banda começou a trilhar o próprio caminho. Em uma das primeiras canções lançadas em carreira solo, George Harrison, criado católico e convertido ao hinduísmo, trouxe em "My Sweet Lord", faixa que integra All Things Must Pass (1970), a expressão mais famosa da espiritualidade dele.
A música, no entanto, deu muita dor de cabeça para o compositor. Em março de 1971, o “publisher” norte-americano do hit "He’s So Fine", do grupo Chiffons, acusou George Harrisone a Apple de plágio.
Harrison não havia percebido a semelhança notável entre "My Sweet Lord" e "He's So Fine", das Chiffons. Assim, de acordo com os portais AllMusic e Stereogum, a Bright Tunes o denunciou pela violação de direitos autorais e uma longa batalha judicial começou entre a empresa e o ex-beatle.
Ao lado do produtor Phil Spector, Harrisontentou reverter o processo, mas a empresa não estava interessada em resolver fora da justiça. Em 1976, o juiz Richard Owen decidiu que o guitarrista havia, sim, plagiado "He's So Fine" - mesmo inconsciente.
+++ SIGA NOSSO SPOTIFY - conheça as melhores seleções musicais e novidades mais quentes
O ex-Beatle foi forçado a reembolsar 75% do dinheiro que ganhou com "My Sweet Lord" e uma parcela da receita do disco All Things Must Pass, totalizando cerca de US$ 1,6 milhão.
Na autobiografia I, Me, Mine, Harrisonescreveu sobre a batalha judicial e a acusação: "Eu não tinha consciência da semelhança com "He's So Fine". Quando eu escrevi a música, ela era mais improvisada."
Ele também escreveu: "Não me sinto mal ou culpado por isso. Salvou a vida de muitos viciados em heroína. Sei que o motivo por trás de escrever a música em primeiro lugar excede em muito as complicações legais."
+++ KANT: 'AQUELES QUE NOS DÃO MAIS ATENÇÃO SÃO OS QUE MAIS CRITICAM' | ENTREVISTA | ROLLING STONE BRASIL