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George Harrison não se 'sentiu culpado' por plagiar música; entenda

Músico foi acusado por plágio inconsciente com "My Sweet Lord"

Redação Publicado em 22/02/2021, às 14h08

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George Harrison (Foto: AP Images)
George Harrison (Foto: AP Images)

Com a separação dos Beatles no início dos anos 1970, cada integrante da banda começou a trilhar o próprio caminho. Em uma das primeiras canções lançadas em carreira solo, George Harrison, criado católico e convertido ao hinduísmo, trouxe em "My Sweet Lord", faixa que integra All Things Must Pass (1970), a expressão mais famosa da espiritualidade dele.

A música, no entanto, deu muita dor de cabeça para o compositor. Em março de 1971, o “publisher” norte-americano do hit "He’s So Fine", do grupo Chiffons, acusou George Harrisone a Apple de plágio.

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Harrison não havia percebido a semelhança notável entre "My Sweet Lord" e "He's So Fine", das Chiffons. Assim, de acordo com os portais AllMusic e Stereogum, a Bright Tunes o denunciou pela violação de direitos autorais e uma longa batalha judicial começou entre a empresa e o ex-beatle.

Ao lado do produtor Phil Spector, Harrisontentou reverter o processo, mas a empresa não estava interessada em resolver fora da justiça. Em 1976, o juiz Richard Owen decidiu que o guitarrista havia, sim, plagiado "He's So Fine" - mesmo inconsciente.


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O ex-Beatle foi forçado a reembolsar 75% do dinheiro que ganhou com "My Sweet Lord" e uma parcela da receita do disco All Things Must Pass, totalizando cerca de US$ 1,6 milhão.

Na autobiografia I, Me, Mine, Harrisonescreveu sobre a batalha judicial e a acusação: "Eu não tinha consciência da semelhança com "He's So Fine". Quando eu escrevi a música, ela era mais improvisada."

Ele também escreveu: "Não me sinto mal ou culpado por isso. Salvou a vida de muitos viciados em heroína. Sei que o motivo por trás de escrever a música em primeiro lugar excede em muito as complicações legais."

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