O ministro, em turnê pelos EUA, defendeu a aplicação de taxas sobre aparelhos que permitem a cópia de CDs ou DVDs
O ministro da Cultura Gilberto Gil defendeu, em entrevista à agência de notícias Efe, a criação de impostos sobre mídias que permitem o armazenamento ou a cópia de produtos culturais, como álbuns, shows e filmes.
Gil está em Nova York para promover seu mais recente lançamento, o álbum Banda Larga Cordel, primeiro disco de inéditas em 11 anos (o último foi Quanta). O ministro afirmou que acha "justo que os artistas e os criadores sejam remunerados".
Uma taxa como esse poderia aumentar o preço de celulares, CDs e DVDs para gravação, palmtops e reprodutores de mídia digital, como aparelhos de MP3 e MP4. "No Brasil, não propusemos um imposto específico para suportes de bens culturais, mas eu acho que pode ser proposto. (...) Lembrem que, quando havia fitas cassetes, houve um momento em que foi pedido aos fabricantes que destinassem uma parte do preço que cobravam para remunerar os criadores, algo que agora, com as novas mídias, é possível fazer", disse o ministro a respeito de um possível novo imposto.
Alguns países já aplicam esse tipo de taxação. No início do mês, a Espanha criou um imposto especial para mídias de armazenamento e reprodução.
A indústria fonográfica no Brasil
A Federação Internacional da Indústria Fonográfica elaborou um relatório sobre a situação do mercado musical em diversos países. Os resultados, mostrados pela primeira vez no início deste ano em Londres, mostraram que o mercado fonográfico no Brasil encolheu 50% em 2007. Além disso, aproximadamente 1,8 bilhões de downloads ilegais são feitos ao ano no país.