Entre canções, segundo dia do festival também foi marcado pela lembrança do rompimento da barragem na cidade de Minas Gerais pelos artistas
A quinta edição do MECAInhotim, que se estende até este domingo, 19, foi constantemente marcada pela memória do crime ambiental cometido na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, devido o rompimento da barragem da Vale.
Gilberto Gil, como principal atração da noite, enfatizou a importância desta edição ao movimentar a cidade após a tragédia.
O primeiro dia do festival registrou os 121 dias após o ocorrido, mas se reergueu – assim como todo o evento – ao movimentar a economia local e buscar celebrar a cultura por meio de intervenções artísticas, grandes shows, talks e workshops.
Com um sol que ninguém estava esperando, o segundo dia do MECAInhotim foi agraciado e deu uma trégua para quem chegou mais cedo para aproveitar o roteiro de galerias e obras de artes do Instituto Inhotim.
Quando a noite chegou, a programação de shows foi estreada pela Céu que transitou entre os seus quatro discos de estúdio, Céu (2005) com as canções “Lenda” e a clássica versão de “Concrete Jungle” do Bob Marley, Vagarosa (2009) com “Cangote”, Caravana Sereia Bloom (2012) com “Streets Bloom” e o aclamado Tropix (2016) com “Arrastar-te-ei”, “Amor Pixelado”, “Minhas Bics”, “A Nave Vai”, “Etílica”, “Perfume do Invisível” e “Varanda Suspensa”.
Com apresentação intimista, Céu interpreta suas canções com intenso vocal e dança sob a influência dos beats jamaicanos e convida o público a se entregar para as suas combinações de afrobeat, jazz, R&B e MPB.
Na sequência da programação, a rainha da sofrência pop, Duda Beat, chegou ao MECAInhotim e entregou o seu diário aberto Sinto Muito (2018). Com “Bédi Beat”, a cantora pernambucana, que lotou o palco principal do festival, fez todo mundo cantar e revisitar os seus amores com os hits do seu disco de estreia.
Além disso, a convite da Fiat com a ação “Conectando Tribos”, a apresentação contou um convidado especial, Erasmo Carlos, e juntos cantaram “Vem Quente que Eu Estou Fervendo”, “Festa de Arromba” e “É Preciso Saber Viver”.
Durante o show, Duda relembra o crime ambiental em Brumadinho e enfatiza que “é preciso que todos saibam que estamos aqui. As pessoas estão com medo de vir para cá pelo o que aconteceu. Não tem razão para não visitarem algo tão lindo.”
Com breve apresentação, o baiano Gil trouxe o seu mais recente projeto OK OK OK (2018) mas transitou pelos hits da carreira como “Lugar Comum” (1971) e trouxe versões de outros artistas como “Avisa Lá”, do Olodum, “Pro Dia Nascer Feliz”, do Barão Vermelho, e “Maracatu Atômico” do Nação Zumbi.
Na abertura do festival, o maior museu de céu aberto no mundo recebeu os artistas Castello Branco, MC Tha, Pitty. A programação se encerra neste domingo, 19, com shows da banda Lamparina e a Primavera e Tulipa Ruiz.
* A Rolling Stone Brasil viajou a convite da Campari Brasil
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