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Governo do Malaui critica Madonna após visita dela ao país

Oficiais acusam a cantora de usar sua fama e dinheiro para ter tratamento VIP

Rolling Stone EUA Publicado em 11/04/2013, às 14h23 - Atualizado às 14h52

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<b>Madonna</b>  
<br>
Antes de ser a rainha do pop, a cantora trabalhou como garçonete, em Nova York. Ela servia em uma loja da rede Dunkin' Donuts durante o dia e corria atrás da carreira de dançarina à noite. - AP
<b>Madonna</b> <br> Antes de ser a rainha do pop, a cantora trabalhou como garçonete, em Nova York. Ela servia em uma loja da rede Dunkin' Donuts durante o dia e corria atrás da carreira de dançarina à noite. - AP

A Madonna foi duramente criticada pelo governo do Malaui, que afirma que a cantora usou sua fama e dinheiro para exigir tratamento VIP durante uma visita ao país na semana passada.

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De acordo com a agência The Associated Press, o escritório da presidência divulgou um comunicado no qual reclamava das expectativas dela em relação à viagem. Madonna tinha recebido tratamento VIP anteriormente no Malaui – inclusive quando chegou ao país no último dia 1°; porém, quando ela e sua equipe retornaram para lá cinco dias mais tarde, foram obrigados a passar pelas medidas de segurança do aeroporto como passageiros normais.

Não está claro se Madonna foi agressiva ou reclamou dessa mudança, mas o governo no Malaui não está feliz com o comportamento dela. "Madonna é uma artista de fama internacional. Mas isso não significa que qualquer governo de qualquer território onde ela esteja tenha a obrigação de dar tratamento especial de Estado a ela. Esse tratamento, mesmo que ela o mereça, é opcional, não obrigatório”, dizia o comunicado assinado pelo responsável pela comunicação do estado.

"Havia uma ordem para que a senhorita Louise Ciccone, viajando com um passaporte americano, e seus filhos Lourdes Maria Ciccone Leon, Rocco Ritchie, Mercy James, David Banda Ciccone Ritchie, deveriam usar o terminal regular de passageiros quando estivessem a caminho do jato", disse um oficial de aviação.

A presidente do Malaui Joyce Banda teria expressão indignação na semana passada diante de afirmações de Madonna de que ela construiu dez escolas no país africano. "Onde estão as dez escolas que ela construiu? Ela só está construindo blocos em escolas que já existem. Em alguns casos ela apenas reformou um bloco escolar já existente", disse Banda segundo a AP. "Isso é um insulto ao povo do Malaui. Ela não pode mentir para o mundo às nossas custas.”

O governo do Malaui disse que o comportamento de Madonna chegou quase a “chantagem” e acusou a cantora de fazer o país de refém por ter adotado duas crianças de lá, David Banda e Mercy James. "Madonna adotou duas crianças do Malaui. Segundo consta, esse foi um gesto humanitário e feito de boa vontade. Portando, soa estranho e deprimente que por causa de um ato humanitário, que partiu somente dela, Madonna queira que o Malaui esteja para sempre preso a uma obrigação de ser grato", dizia ainda o texto to comunicado. "Generosidade, no seu sentido normal, é de graça e anônima. Se ela não pode ser gratuita e silenciosa, não é generosidade; é outra coisa.”

Do outro lado, a equipe de Madonna defende que existe algo a maior no caso, já que a irmã mais nova da presidente Banda, Anjimile Mtila-Oponyo, foi demitida de seu posto de CEO da caridade liderada por Madonna, a Raising Malawi. "A presidente do Malaui parece estar usando seu cargo em prol de benefício financeiro de sua família”, disse Trevor Neilson, representante do grupo filantrópico que gerencia os projetos de Madonna no país.