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Governo publicou 643 mil anúncios em canais de fake news, avalia CPMI

O relatório analisou a repercussão dos anúncios inapropriados em sites de notícias falsas entre junho e julho de 2019

Redação Publicado em 03/06/2020, às 10h31

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Jair Bolsonaro (foto: Andressa Anholete, Getty Images)
Jair Bolsonaro (foto: Andressa Anholete, Getty Images)

A CPMI das Fake News concluiu que o Governo Federal publicou 653.378 anúncios em sites de notícias falsas durante a campanha “Nova Previdência” entre os dia 6 de junho e 13 de julho de 2019. As informações são da coluna da Constança Rezende, do Uol

Um documento publicado pelo O Globo e confirmado pelo Uol,  feito por consultores legislativos com os dados da Secom - Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República - transmitidos pela e-SIC - Serviço de Informação ao Cidadão, afirma que as fake news foram repercutidas em 47 canais diferentes, os quais foram monitorados pela CPMI.

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O relatório declara: "Destaquem-se, por exemplo, os sites Jornal 21 Brasil (84.248 impressões), Imprensa Viva (65.661 impressões), Gospel Prime (44.750), Diário do Brasil (36.551 impressões) e Jornal da Cidade Online (30.508 impressões)". Segundo os consultores, o site Sempre Questione repercutiu 66.431 notícias, o maior número entre as plataformas analisadas. 

A análise também identificou a presença de anúncios de conteúdos inadequados, como, por exemplo, sexual, em canais do Governo Federal. Das 47.188.047 impressões, 2.065.479 estavam nos canais oficiais do país. 

“É muito difícil ou mesmo impossível identificar os proprietários da maior parte dos canais que recebem anúncios do Governo Federal por meio do Google Adsense, algo que põe em risco a avaliação do cumprimento dos requisitos legais necessários para que uma entidade se habilite como fornecedor de um produto ou um serviço ao Poder Público”, explica o documento.

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Já em relação aos sites com grande quantidade de anúncios para promover o presidente Jair Bolsonaro, o canal do Youtube Terça Livre TV, bateu o recorde com 1.447 impressões. O perfil pertence a Allan dos Santos, que em novembro do ano passado afirmou não receber dinheiro da Secom durante uma oitava da CPMI.

O relatório completa: "Nesta categoria, podemos citar o canal de youtube Bolsonaro TV e os aplicativos para celular "Brazilian Trump", "Top Bolsonaro Wallpapers" e "Presidente Jair Bolsonaro".

Segundo a comissão, a veiculação de propagandas pela Secom “abre a possibilidade de se interpretar tal fato como utilização da publicidade oficial para promoção pessoal, conduta vedada pela Carta Magna".


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