Graceland, antiga residência de Elvis Presley, recebe cerca de 600 mil pessoas ao ano e é o segundo local mais visitado nos Estados Unidos
Lisa Marie Presley, filha única de Elvis Presley, morreu na última quinta, 12, em decorrência a uma parada cardíaca. A cantora chegou ser reanimada com adrenalina e encaminhada para o hospital, mas não resistiu. Lisa tinha 52 anos e será enterrada em Graceland, ao lado do filho Benjamin Keough, e do pai, Elvis Presley.
Graceland foi a residência de Elvis em Memphis, Tennessee (EUA), desde os seus 22 anos de idade e também o local onde ele morreu, em 1977. A mansão se tornou um lugar turísticos para os fãs e segundo a BBC, a casa mais visitada dos Estados Unidos com 600 mil pessoas ao ano, atrás apenas da Casa Branca.
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A casa foi construída em 1939 por uma rica família de Memphis e leva o nome da filha de H.E. Toof, herdeiro que construiu a mansão. Em 1957, Elvis Presley pagou cerca de 100 mil dólares, hoje, seu valor é de 100 milhões de dólares (cerca de R$ 510 milhões).
A entrada da propriedade tem um portão um tanto característico. Na época, Elvis o projetou para despistar os fãs e manter a privacidade. No entanto, o portão serviu de referência e hoje é um ícone.
A mansão tem cerca de 23 cômodos e destes, oito são quartos. A casa já foi descrita como ornamentada e kitsch (termo que define algo de baixa qualidade), repleta de tons vermelhos, enfeites dourados, tapetes, espelhos, lustres ou penas reais de pavão, que era o estilo que agradava a Lisa Thompson, namorada de Elvis depois de Priscilla.
A sala de televisão contém mais de um aparelho porque Elvis gostava de ter três telas ao mesmo tempo. O cômodo, com uma estética bem futurista, é repleto de espelhos (até no teto) e um enorme sofá. O fato de existirem quartos "temáticos" era algo do gosto de Elvis também, e assim se mantém até aos dias de hoje.
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Mas, sem dúvida, a sala mais famosa, marcante e, diga-se de passagem, a preferida do cantor, é a chamada "Jungle Room" (sala da selva). As paredes do cômodo são feitas de pedra natural, tem uma cascata embutida, carpete verde e é decorada com muitas plantas. O local se tornou o estúdio de gravação do cantor, onde ele gravou boa parte de Moody Blues (1976), seu último disco lançado em vida.
A parte de cima da casa fica fechada durante as visitas turísticas. Ali ficavam o quarto, o banheiro e o escritório de Elvis. Mas, também, o quarto de sua única filha, Lisa Marie.
Em ampliações posteriores, na década de 1970, foi feito um prédio com quadra para Raquetball, algo semelhante ao squash. Foi ali que Elvis colocou todos os discos de ouro. Antes, ele costumava deixá-los na sala de TV.
Quando o local foi aberto ao público, eles foram levados para um salão de exposições, o Elvis Presley's Memphis, que fica dentro de Graceland. Lá você pode ver, além dos discos de ouro, os 3 Grammys que ele ganhou.
Além de colecionar prêmios por seu talento, Elvis Presley colecionava carros, principalmente Cadillacs. Hoje, quem visita Graceland pode ver até 30 carros. Entre eles, o famoso Stutz Blackhawk preto, o último que o astro dirigiu.
Após a tentativa de profanação do túmulo de Elvis, o pai dele decidiu transferir os restos mortais para um local seguro da propriedade - o Meditation Garden (Jardim da Meditação), ao lado da piscina.
Lá está enterrado não só ele, mas também seus pais. A área tem uma placa comemorativa em memória do irmão gêmeo do cantor, que morreu ao nascer. O último parente de Elvis a ser enterrado ali foi Benjamin Keough, neto dele e filho de Lisa Marie, que cometeu suicídio em agosto de 2020, aos 27 anos.
Agora, ao lado de seu pai e de seu filho, também estará Lisa Marie.
Texto baseado em uma publicação da BBC Brasil (via Uol Spash).