Felipe Barba monta banda ao lado de Thiago, ex-baixista do Ecos, e Guga, da paraibana Zefirina Bomba, buscando mais referências brasileiras
Do declaradamente pop ao resgate das influências tupiniquins. Foi com base nessa mudança de referência que Felipe Barba deixou a banda paulistana Ecos Falsos para se unir ao baterista Guga (apelido de Guttemberg de Almeida), do power trio paraibano Zefirina Bomba, e a Thiago Gonçalves, ex-baixista do Ecos.
O projeto, ao menos por enquanto, recebe a alcunha de Bigode. Felipe avisa que o grupo tem o pé calcado em referências brasileiras e compara o trabalho de composição das letras à confecção de uma peça de arte. "A intenção é mais tocar com uma coisa bonita, trabalhar a canção mesmo, do que ironizar, polemizar", afirma, lembrando o estilo que permeia o trabalho de seus ex-companheiros: o bem-humorado pop rock de faixas como "Bolero Matador" e "A Revolta da Musa" (esta última com participação de Tom Zé).
O embrião do Bigode nasceu durante o MTV Rock Tour, que reuniu um punhado de bandas indies em shows pelo país, em 2006. Thiago e Felipe conheceram Guga durante a viagem, e aí, sem muita pretensão, nasceu a idéia de se juntarem para tocar. "O Thiago [agora guitarrista] compõe músicas e melodias de voz lindas, e o Guga escreve muito bem", diz Felipe.
A banda está completa com Ricardo Daros (irmão de Felipe), no trompete, e Augusto Melo, no baixo. A previsão é de que entre os meses de fevereiro e março o público conheça o som do grupo, influenciado por nomes tão diversos quanto Mundo Livre S/A, Vanguart, Jorge Ben e Adriana Calcanhotto. "Estamos esperando o Guga voltar de João Pessoa para irmos pro estúdio gravar, a princípio, fazer um EP". O MySpace, ferramenta quase que indispensável para bandas indies que se lançam no mercado, deverá ir ao ar depois da gravação.