Passagens de metrô, trem e ônibus voltam a custar R$ 3; no Rio, o aumento da tarifa também foi revogado
Atualizada às 18h31
Depois que uma série de protestos tomou a cidade de São Paulo nas últimas semanas, o prefeito da cidade, Fernando Haddad, e o governador do estado, Geraldo Alckmin, anunciaram no início da noite desta quarta, 19, a revogação do aumento da tarifa do transporte público na capital. Em entrevista coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, eles comunicaram a redução da tarifa, que volta a custar R$ 3.
A redução do preço das passagens era a reivindicação do Movimento Passe Livre (MPL), que liderou a onda de protestos na capital paulista, que se espalhou pelo país.
Na manhã desta quarta, 19, o prefeito Haddad havia reafirmado que a prefeitura não tinha condições de baixar os preços por conta própria, pois dependia das políticas de desoneração do transporte irem em frente no Congresso.
Alckmin e Haddad destacaram que haverá a necessidade de sacrifícios na área de investimentos por causa da medida e o prefeito explicou que “fará um diálogo com a sociedade”. “Precisamos abrir a discussão sobre as consequências dessa decisão tomada para hoje e o futuro”, disse. “É um gesto de abertura, de conversa.”
Atualização
No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes também concedeu uma coletiva agora no início da noite e também anunciou que a tarifa do ônibus na cidade deixa de custar R$ 2,75 (ela havia sido elevada para R$ 2,95). Segundo o prefeito, isso acarretará na diminuição de investimentos em outras áreas.
Anteriormente, sete cidades brasileiras já tinham anunciado a redução das tarifas de transportes públicos após os protestos: João Pessoa (PB), Recife (PE), Cuiabá (MT), Porto Alegre (RS) Pelotas (RS), Montes Claros (MG) e Foz do Iguaçu (PR).