O líder dos Paralamas do Sucesso foi homenageado no site oficial do grupo pelo baterista João Barone
Atualizada às 17h50
Nesta quarta, 4, Herbert Vianna completa 50 anos de idade. O músico, vocalista dos Paralamas do Sucesso, nasceu em João Pessoa, na Paraíba, em 4 de maio de 1961. Mudou-se muito novo para a capital federal, onde entrou em contato com a música e conheceu o baixista Bi Ribeiro.
Foi somente quando a dupla foi morar no Rio de Janeiro que se formou o Paralamas, ao lado do baterista Vital Dias, depois substituído por João Barone. O vocalista, guitarrista e principal compositor do grupo lançou três discos em sua carreira solo e 19 com o grupo, sendo que o mais recente dos Paralamas é Brasil Afora, de 2009.
Em fevereiro de 2001, em Mangaratiba, RJ, Herbert sofreu um acidente de ultraleve que mudou sua vida. A tragédia matou sua esposa, Lucy, e o artista ficou internado por mais de um mês, parte desse tempo em coma. Sofreu perda de memória e ficou paraplégico. Aos poucos, foi retomando sua carreira, tendo feito diversos trabalhos desde então.
Leia abaixo a mensagem de João Barone em homenagem aos 50 anos de Herbert Vianna, publicada no site oficial dos Paralamas.
"Quando a gente começou com Os Paralamas, nunca pensávamos em ir tão longe. Todo mundo ao redor nos alertava para as efemeridades de ser músico no Brasil. Hoje, chegamos aos 50 anos, vivenciando mais da metade de nossas vidas com a música. De onde estamos, num pit stop rápido para não esfriar os pneus, avaliamos um monte de coisas que víamos quando éramos apenas moleques. Passamos por poucas e boas, vivemos e sobrevivemos na corda bamba entre a realização pessoal, a ambição artística e o sucesso comercial.
Crescemos como indivíduos, depois de muitos momentos de ternura e terror. Deixamos longe as antigas questões familiares, para depois ver na prática como é esse negócio de 'usar um sapato da mesma maneira por influência do meu pai', que tão bem falou Nando Reis. Depois dos filhos, ganhamos alguns novos medos, renovada coragem e novas certezas. Vimos muitos dos nossos ídolos de infância e os 'angry young men' quando começamos se tornarem respeitáveis senhores cinquentões, sem perder a pose e - mais importante - sem perder o espírito.
Olhamos para Gil, Caetano, Clapton, Tom Zé, Pete Townshend, Paul McCartney, U2, Stones, para reafirmar que a juventude está na alma. Vemos muitos companheiros de jornada chegando nesse marco temporal: Titãs, Arnaldo, Nando Reis, Kid, Leoni, Roger, Frejat... Temos uma certeza com a chegada dos 50 anos: estivemos muito ocupados todo esse tempo para contar os grãos da areia da ampulheta descendo. Isso nos deixa com uma estranha sensação de que atingimos essa marca com uma certa precocidade.
Como sempre diz Herbert - que emplaca os 50 com a sapiência de um Mestre Jedi e o gás de um guri - estamos começando um novo ciclo de 50 anos..."