O Human League, sucesso nos anos 80, retorna nesta quarta, 6, a São Paulo; confira entrevista com a vocalista Susan Ann Sulley
Nesta quarta, 6, se apresenta novamente no Brasil o Human League, grupo inglês de tecnopop que fez fama no começo dos anos 80. A banda, encabeçada pelos vocalistas Philip Oakey, Susan Ann Sulley e Joanne Catherall toca na Via Funchal, em São Paulo. A nova turnê traz novidades: serve para marcar os 30 anos do álbum Dare e para mostrar canções do recém-lançado Credo, que ainda não tem data para sair por aqui. Susan Ann Sulley falou sobre o retorno ao território brasileiro (eles estiveram por aqui em 2005, no Nokia Trends) por telefone, direto de Londres. "A primeira vez no Brasil foi legal. Só lamento que por causa da grandiosidade do evento, muita coisa se perdeu. Agora sim, estamos indo para uma apresentação somente nossa, e acho que desta vez as pessoas vão poder curtir melhor", disse a loira.
Em outubro vão ser comemoradas as três décadas de lançamento de Dare, o mais famoso disco do Human League. O trabalho vendeu uma enormidade e trouxe o mega-hit "Don't You Want Me", o carro-chefe da banda. "É um disco que até hoje impressiona, bem produzido, cheio de inspiração", afirma Susan. "Ainda temos muito orgulho dele. 'Don't You Want Me', 'Open Your Heart' e 'The Things That Dreams Are Made Of' sempre agradam".
Sobre Credo, o novo álbum, Susan é direta: "Sim, vamos fazer uma ou outra dele. Mas ninguém precisa se preocupar. Não vamos aborrecer os fãs tocando uma penca de músicas novas que ninguém ainda conhece muito bem", revela, para alívio de boa parte do público. No entanto, ela pondera: "Mas eu acho que quem prestar atenção nelas vai gostar. Não mudamos nada o nosso estilo, são canções pop dançantes com base no sintetizador. Sempre nos falam que o eletro trouxe a nossa música de volta. Mas, para nós, nunca houve uma grande mudança", diz.
Susan e a amiga Joanne entraram meio por acaso no Human League. O vocalista e compositor Philip Oakey queria duas garotas bonitas para dançar e "enfeitar" os shows da banda por um tempo. Elas, que até então não tinham nenhuma experiência artística, se tornaram vocalistas em tempo integral e deram uma cara mais pop e sexy à banda. Hoje, Susan não se vê fazendo outra coisa. "Ah, eu amo o que faço. Já estivemos literalmente nos quatro cantos do mundo, sempre conhecendo coisas novas. Fazer parte do Human League me possibilitou viajar e trazer um pouco de diversão para as pessoas."