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Caçadores de Obras-Primas, filme de guerra dirigido e estrelado por George Clooney, tem andamento ligeiro e humor leve

Longa conta a história dos “Homens dos Monumentos”, esquadrão especial com a missão de descobrir e preservar obras de arte saqueadas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial

Paulo Cavalcanti Publicado em 14/02/2014, às 15h06 - Atualizado às 15h49

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Caçadores de Obras-Primas - Reprodução
Caçadores de Obras-Primas - Reprodução

Quando exerce a função de diretor, George Clooney esbanja conhecimento cinematográfico. Em Caçadores de Obras-Primas, ele optou pela narrativa e linguagem cinematográfica retrô – a produção é uma homenagem a antigos filmes de guerra como Os Vitoriosos (1963), Os Canhões de Navarone (1961) e Os Guerreiros Pilantras (1970).

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Trata-se de um filme de guerra em que a guerra é apenas o pano de fundo. O título original, The Monuments Men, entrega a premissa da história, que foi baseada em fatos reais e detalhada em um livro escrito por Robert M. Edsel. Clooney, que também é o astro principal e um dos roteiristas do filme, é o chefe dos “Homens dos Monumentos”, um esquadrão especial formado não por soldados, mas sim por curadores de museus, historiadores, experts e arquitetos. A missão desses homens, todos já de meia idade e obviamente não muito afeitos ao campo de batalha, é descobrir e preservar as obras de arte saqueadas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Hitler e particularmente Hermann Göring, o segundo homem em comando na Alemanha nazista, pilharam incessantemente museus e propriedades privadas.

Logo no começo, o filme levanta a questão: vale a pena gastar recursos para salvar obras de arte com tanta gente morrendo? O tenente Frank Stokes, o personagem de Clooney, argumenta que a missão é válida já que “sem cultura não existe civilização”. Assim, temos uma corrida contra o tempo, já que os nazistas estão perdendo a guerra e preferem destruir as pinturas, painéis, afrescos, estátuas e esculturas roubadas a deixar que os aliados as recuperem.

Caçadores de Obras-Primas tem um andamento solene, seguindo homens de temperamentos distintos pela Europa pós-Normandia. Dentre eles, James Ganger (Matt Damon), um curador de museu que consegue ajuda de uma relutante curadora (Cate Blanchett), ligada a resistência da França; o bonachão Walter Garfield (John Goodman), que se mostra despreparado para os rigores da guerra; Donald Jeffries (Hugh Bonneville), um inglês que entra fundo na missão para tentar deixar o álcool; o simpático professor de arte francês Jean Claude Clermont (Jean Dujardin) e a pedante dupla formada por Preston Savitz (Bob Balaban) e Richard Campbell (Bill Murray), que têm antipatia velada um pelo outro. Sam Epstein (Dimitri Leonidas) é o jovem tradutor da equipe e Clooney, como o tenente Stokes, não deixa a moral de seus comandados cair. Caçadores de Obras-Primas não tem muita violência, embora um ou membro do esquadrão acabe morrendo nos campos de batalha da Europa. O filme segue com um andamento ligeiro e humor leve, mas basicamente serve como uma introdução ao mundo das artes – obras de Picasso, Rafael, Matisse, Michelangelo, Rembrandt, Leonardo Da Vinci e outros mestres são recriadas com autenticidade.

Ao imitar e parodiar temas de filme de guerra clássicos, a música de Alexandre Desplat é outro destaque do longa.